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Netflix adia planos de produzir série no Brasil

Segundo o executivo-chefe de conteúdo global do Netflix, a empresa precisa aumentar sua base de assinantes no país antes de mergulhar nessa empreitada

Netflix: apesar da falta de perspectiva de uma série local, o executivo garante que há negociações com redes da TV aberta (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 13h07.

Rio - Mesmo com séries divididas em episódios e novas temporadas anunciadas, a dúvida sobre o meio em que se enquadram as produções do Netflix permanece até para quem trabalha na locadora virtual. "Venho tentando dizer há um tempo que é televisão. São várias imagens piscando em uma tela. É televisão. As vitórias do Emmy significam que é uma televisão de qualidade", gaba-se Ted Sarandos, executivo-chefe de conteúdo global do Netflix, cuja primeira produção original, "House of Cards", levou três troféus na maior festa da TV dos EUA.

De passagem pelo Rio para anunciar o vencedor do Prêmio Netflix, o norte-americano avisa que ainda vai demorar para que uma série longa brasileira entre em produção. "Adoraríamos fazer, mas precisamos aumentar nossa base de assinantes aqui", explica à reportagem. Por enquanto, a única atração exclusiva feita no Brasil é o humorístico "A Toca", projeto não considerado original por ter sido oferecido à empresa.

Apesar da falta de perspectiva de uma série local, Sarandos, de 48 anos, reforça que o país é importante nas estratégias do Netflix, lançado aqui em setembro de 2011.

"Foi nosso primeiro território fora dos EUA. É muito incomum pular a Europa Ocidental e ir direto para o Brasil. A razão pela qual viemos foi o crescimento da banda larga, por ser um mercado de pessoas que se envolvem com as coisas e são aficionados pelas redes sociais. São pessoas que gostam de novas tecnologias, além de filmes e programas de TV."


Com atrações como o "Pânico na Band" no catálogo, o executivo garante que há negociações com outras redes abertas daqui. "Temos uma equipe voltada para a América Latina e especialmente para o Brasil. Hoje, temos três vezes mais conteúdo do que há dois anos", complementa. A única bronca de Sarandos é com a Globo, cujos programas estão disponíveis no Netflix nos outros mais de 40 países em que o site atua, menos no Brasil, onde a emissora tem seu serviço pago de vídeo sob demanda.

"Os maiores produtores do mundo licenciam em seus próprios países, como a BBC, no Reino Unido, e a Televisa, no México. A Globo não licencia para o Brasil. Falta eles chegarem à conclusão de que o Netflix é uma boa economia. Aumenta a base de fãs de um programa e faz com que melhore a qualidade do conteúdo, pois as licenças são uma injeção de dólares. Isso não canibaliza os negócios, é um complemento."

Prêmio nacional

O Netflix anunciou nesta quarta-feira, 09, que o filme "Apenas o Fim" (2008) foi o vencedor da primeira edição do prêmio que leva o nome do site. Com cerca de 12 mil votos, o longa foi o escolhido em uma lista de dez produções nacionais pequenas. A partir de 2014, ele estará no catálogo internacional do site. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Rio - Mesmo com séries divididas em episódios e novas temporadas anunciadas, a dúvida sobre o meio em que se enquadram as produções do Netflix permanece até para quem trabalha na locadora virtual. "Venho tentando dizer há um tempo que é televisão. São várias imagens piscando em uma tela. É televisão. As vitórias do Emmy significam que é uma televisão de qualidade", gaba-se Ted Sarandos, executivo-chefe de conteúdo global do Netflix, cuja primeira produção original, "House of Cards", levou três troféus na maior festa da TV dos EUA.

De passagem pelo Rio para anunciar o vencedor do Prêmio Netflix, o norte-americano avisa que ainda vai demorar para que uma série longa brasileira entre em produção. "Adoraríamos fazer, mas precisamos aumentar nossa base de assinantes aqui", explica à reportagem. Por enquanto, a única atração exclusiva feita no Brasil é o humorístico "A Toca", projeto não considerado original por ter sido oferecido à empresa.

Apesar da falta de perspectiva de uma série local, Sarandos, de 48 anos, reforça que o país é importante nas estratégias do Netflix, lançado aqui em setembro de 2011.

"Foi nosso primeiro território fora dos EUA. É muito incomum pular a Europa Ocidental e ir direto para o Brasil. A razão pela qual viemos foi o crescimento da banda larga, por ser um mercado de pessoas que se envolvem com as coisas e são aficionados pelas redes sociais. São pessoas que gostam de novas tecnologias, além de filmes e programas de TV."


Com atrações como o "Pânico na Band" no catálogo, o executivo garante que há negociações com outras redes abertas daqui. "Temos uma equipe voltada para a América Latina e especialmente para o Brasil. Hoje, temos três vezes mais conteúdo do que há dois anos", complementa. A única bronca de Sarandos é com a Globo, cujos programas estão disponíveis no Netflix nos outros mais de 40 países em que o site atua, menos no Brasil, onde a emissora tem seu serviço pago de vídeo sob demanda.

"Os maiores produtores do mundo licenciam em seus próprios países, como a BBC, no Reino Unido, e a Televisa, no México. A Globo não licencia para o Brasil. Falta eles chegarem à conclusão de que o Netflix é uma boa economia. Aumenta a base de fãs de um programa e faz com que melhore a qualidade do conteúdo, pois as licenças são uma injeção de dólares. Isso não canibaliza os negócios, é um complemento."

Prêmio nacional

O Netflix anunciou nesta quarta-feira, 09, que o filme "Apenas o Fim" (2008) foi o vencedor da primeira edição do prêmio que leva o nome do site. Com cerca de 12 mil votos, o longa foi o escolhido em uma lista de dez produções nacionais pequenas. A partir de 2014, ele estará no catálogo internacional do site. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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