Mudança em privacidade do Instagram irrita usuários
A mudança foi decidida pelo Facebook, que em setembro adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 14h24.
Washington - A comunidade online que há dois anos comemorou o surgimento do aplicativo de fotos Instagram ficou furiosa nesta terça-feira por uma mudança nos termos de uso que permite a venda de bilhões de fotografias sem créditos para os autores.
A mudança foi decidida pelo Facebook, que em setembro adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão e os quase 5 bilhões de fotografias arquivadas por milhões de pessoas no mundo todo, e permitirá o uso das fotos e de outros dados dos usuários para a publicidade que se acrescentará a Instagram.
A revista de informática "Wired" imediatamente publicou um "guia para o usuário" com os passos para sair do Instagram levando as fotos, a revista "The Atlantic" publicou um artigo explicando por que é melhor pagar por um "aplicativo" em vez de usar serviços gratuitos como o Instagram.
O especialista em redes sociais Chris Taylor, em artigo que publica a revista online "Mashable", afirmou que sob estas novas normas "o Instagram, basicamente, põe sua vida à venda".
"As novas regras, que entram em vigência em 16 de janeiro, são má notícia para os 100 milhões de usuários que querem pouca ou nenhuma ligação com o Facebook", acrescentou Taylor.
A regra que causou furor é clara. "O senhor (o usuário) está de acordo com que uma empresa de negócios ou outra entidade nos pague pelo envio de seu nome de usuário, imagem, fotos (com qualquer dado relacionado) (...) sem compensação para o senhor".
Isso significa, na descrição de Taylor, que um usuário poderia esbarrar, de repente, com um anúncio publicitário em que as imagens são do próprio usuário, seu parceiro(a) ou "de sua filha quando perdeu um dente o mês passado".
Eileen Brown, que escreve sobre redes sociais no site "ZDNet", não viu motivo para ofensa porque o Instagram, que forneceu um serviço gratuito de troca de fotografias para milhões de pessoas, agora quer lucrar com as imagens que lhe deram gratuitamente.
"Mas se dá arrepios a ideia de uma empresa ganhar dinheiro a partir do serviço gratuito que ofereceu para enviar suas fotos, vídeos e outros dados, há alguns passos que você pode dar", aconselhou Eileen.
"Use um serviço como Softonic ou Instaport para enviar suas fotos para seu computador - continuou. Ou apague sua conta do Instagram antes de 16 de janeiro. E também convém encerrar, além disso, suas contas do LinkedIn e do Facebook, já que ambos têm parágrafos similares em seus termos e condições".
Emma Woollacott qualificou em TG Daily as novas normas de uso do Instagram como "uma demonstração assombrosa de cara de pau: agora a empresa tem o direito de usar o nome e as fotos de seus usuários para qualquer coisa que lhe ocorrer, incluindo a venda a terceiros para a publicação de anúncios".
O blogueiro Barry Ritzhold lembrou nesta manhã que por muitos anos criticou o Facebook "começando por sua avaliação absurda, e depois por seu abuso dos dados confidenciais de seus usuários, suas mudanças frequentes de termos, e o desdém geral com que trata seus usuários".
"Embora eu fosse fanático pelo Instagram, assim que o Facebook comprou a marca deixei de usar o aplicativo. Agora leio as novas regras de serviços e são nada menos que uma loucura", criticou.
O jornalista Cord Jefferson, em um comentário para "The Gawk", foi mais sucinto: "As absurdas regras novas do Instagram são uma carta de suicídio".
Washington - A comunidade online que há dois anos comemorou o surgimento do aplicativo de fotos Instagram ficou furiosa nesta terça-feira por uma mudança nos termos de uso que permite a venda de bilhões de fotografias sem créditos para os autores.
A mudança foi decidida pelo Facebook, que em setembro adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão e os quase 5 bilhões de fotografias arquivadas por milhões de pessoas no mundo todo, e permitirá o uso das fotos e de outros dados dos usuários para a publicidade que se acrescentará a Instagram.
A revista de informática "Wired" imediatamente publicou um "guia para o usuário" com os passos para sair do Instagram levando as fotos, a revista "The Atlantic" publicou um artigo explicando por que é melhor pagar por um "aplicativo" em vez de usar serviços gratuitos como o Instagram.
O especialista em redes sociais Chris Taylor, em artigo que publica a revista online "Mashable", afirmou que sob estas novas normas "o Instagram, basicamente, põe sua vida à venda".
"As novas regras, que entram em vigência em 16 de janeiro, são má notícia para os 100 milhões de usuários que querem pouca ou nenhuma ligação com o Facebook", acrescentou Taylor.
A regra que causou furor é clara. "O senhor (o usuário) está de acordo com que uma empresa de negócios ou outra entidade nos pague pelo envio de seu nome de usuário, imagem, fotos (com qualquer dado relacionado) (...) sem compensação para o senhor".
Isso significa, na descrição de Taylor, que um usuário poderia esbarrar, de repente, com um anúncio publicitário em que as imagens são do próprio usuário, seu parceiro(a) ou "de sua filha quando perdeu um dente o mês passado".
Eileen Brown, que escreve sobre redes sociais no site "ZDNet", não viu motivo para ofensa porque o Instagram, que forneceu um serviço gratuito de troca de fotografias para milhões de pessoas, agora quer lucrar com as imagens que lhe deram gratuitamente.
"Mas se dá arrepios a ideia de uma empresa ganhar dinheiro a partir do serviço gratuito que ofereceu para enviar suas fotos, vídeos e outros dados, há alguns passos que você pode dar", aconselhou Eileen.
"Use um serviço como Softonic ou Instaport para enviar suas fotos para seu computador - continuou. Ou apague sua conta do Instagram antes de 16 de janeiro. E também convém encerrar, além disso, suas contas do LinkedIn e do Facebook, já que ambos têm parágrafos similares em seus termos e condições".
Emma Woollacott qualificou em TG Daily as novas normas de uso do Instagram como "uma demonstração assombrosa de cara de pau: agora a empresa tem o direito de usar o nome e as fotos de seus usuários para qualquer coisa que lhe ocorrer, incluindo a venda a terceiros para a publicação de anúncios".
O blogueiro Barry Ritzhold lembrou nesta manhã que por muitos anos criticou o Facebook "começando por sua avaliação absurda, e depois por seu abuso dos dados confidenciais de seus usuários, suas mudanças frequentes de termos, e o desdém geral com que trata seus usuários".
"Embora eu fosse fanático pelo Instagram, assim que o Facebook comprou a marca deixei de usar o aplicativo. Agora leio as novas regras de serviços e são nada menos que uma loucura", criticou.
O jornalista Cord Jefferson, em um comentário para "The Gawk", foi mais sucinto: "As absurdas regras novas do Instagram são uma carta de suicídio".