Represa (Wikimedia)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 08h28.
A mudança climática ameaça grandes projetos na China, como a represa das Três Gargantas e a maior transposição do mundo, com a qual Pequim trata de levar água desde o úmido sul até o seco norte.
Assim explicou Zheng Guoguang, diretor da Administração chinesa de Meteorologia, com base em um estudo oficial publicado recentemente, informa nesta terça-feira a agência oficial "Xinhua".
Segundo o especialista, a temperatura média da superfície da China subiu 1,38 graus nos últimos 60 anos, ou 0,23 graus a cada década, quase o dobro do "nível global".
Na opinião de Zheng, o aumento das condições meteorológicas extremas nos últimos anos, como tufões, inundações, fortes chuvas, secas e ondas de calor e de frio, está "conectado" diretamente com a mudança climática.
Esta situação afeta cada vez mais a segurança e estabilidade de importantes projetos como o trem entre a província ocidental chinesa de Qinghai e a região do Tibete, a represa das Três Gargantas e a transposição do sul para o norte que a China tenta concluir, após ter aberto um primeiro lance.
Os riscos climáticos que o país enfrenta afetarão a eficiência das operações destes projetos, seu lucro econômico, seus padrões técnicos e sua construção, disse Zheng, sem dar mais detalhes.
Por isso, pede-se que a China administre a mudança climática como "um assunto de segurança nacional" para impulsionar o desenvolvimento sustentável no país, fortemente poluído por sua rápida expansão em um breve período de tempo.
De fato, a mudança climática, na sua opinião, já está dificultando a luta do Executivo contra a poluição do ar que sofrem várias cidades do país. "A China enfrenta uma dura batalha contra a mudança climática e para impulsionar a conservação da energia e a redução de emissões", manifestou.