Lucas Agrela
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 18h25.
Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 18h41.
São Paulo A Motorola lançou dois novos integrantes da linha Moto X em 2015. O primeiro a chegar ao mercado foi o Moto X Play, uma versão mais simples, que teve o preço mantido em 1.500 reais. Já o Moto X Style chegou custando 1 mil reais a mais, mas também oferece muito mais do que o seu irmão mais novo.
Enquanto o Moto X Play é literalmente menos potente e tem menos recursos do que o Moto X de 2ª geração, o Style se mostrou o verdadeiro sucessor do ótimo smartphone que a Motorola lançou em 2014.
A fabricante fez diversas apostas seguras e inovou pouco: manteve grande parte do design, a ótima interface de notificações e os sensores que ativam a tela quando passamos a mão sobre ela, o que nos permite brincar de Jedi para ver as horas. Confira em detalhes a análise do INFOlab sobre o Moto X Style a seguir.
Agora, a Motorola levou a sério o seu slogan Power to Choose (Poder de Escolher) e oferece vários visuais para o Moto X Style. O aparelho pode ser personalizado no Moto Maker, uma área no site da fabricante. A parte traseira pode usar materiais como bambu e couro, além da versão tradicional. A aparência geral lembra o Moto X de 2ª geração.
A tela do aparelho é grande como a do Galaxy Note 5: são 5,7 polegadas. A resolução acompanha, já que ela é Quad HD. Exceto por um smartphone bem específico da Sony, isso é o máximo de resolução em uma tela que você pode obter.
A fabricante deixou de usar painéis Amoled em favor do TFT para melhorar o brilho do smartphone, segundo a empresa. Lado a lado com um Moto Maxx, que tem display Amoled e a mesma resolução, a diferença não foi perceptível a olho nu durante a navegação pelo sistema.
Mas quando colocamos o trailer de Star Wars VII: O Despertar da Força para rodar, a vantagem da tela Amoled ficou evidente. O contraste foi melhor e as cores, mais vibrantes. Para todos produtos que custam quase o mesmo preço, a tela do Moto X Style deveria ser melhor.
Como o smartphone mantém a traseira curvada, a ergonomia não sofre muito, apesar da tela ser excessivamente grande de qualquer maneira. Com esse produto, a Motorola parece mirar no concorrente Galaxy Note 5, da Samsung, que tem o mesmo tamanho de display.
O Moto X Style tem as melhores câmeras que a Motorola já colocou em um smartphone. Esse sempre foi o ponto mais fraco dos aparelhos da fabricante, mas agora ele compete bem com smartphones topo de linha, apesar de ainda não ser o melhor nesse quesito.
A câmera principal tem resolução de 21 MP e flash LED duplo. Em ambientes bem escuros, o aparelho consegue iluminar a cena e tornar a imagem nítida. O flash duplo ajuda a conseguir uma fotografia com um bom equilíbrio de cores.
Sob luz natural, o aparelho consegue registrar um bom nível de detalhe dos objetos.
O mesmo acontece sob iluminação artificial.
A câmera frontal tira fotos com até 5 MP e tem flash LED. Esse item é pouco convencional. Muitos smartphones têm somente iluminação na câmera dianteira, uma espécie de ajuda para a luz ambiente. Mas esse produto pode realmente causar um estouro de luz, o que pode ser útil em locais mal iluminados. Porém, como em qualquer flash, é preciso usá-lo com cuidado e conferir o resultado antes de se dar por satisfeito com uma foto.
A medição de luz da câmera frontal é boa e chega a ser melhor do que a que vimos na câmera frontal do Galaxy Note 5.
Os vídeos são gravados em 4K a 30 quadros por segundo ou em Full HD a 60 com a câmera principal. Como há estabilização de imagem, o aparelho pode ser usado para filmar em diversas situações cotidianas, desde que a cena esteja iluminada.
Diferentemente do Moto X Play, esse aparelho é potente. Seu chip é um Qualcomm Snapdragon 808 com CPU hexa-core, há 3 GB de memória RAM, GPU Adreno 418 e 32 GB de armazenamento interno. Vale notar que é possível expandir a memória com um cartão microSD de até 128 GB.
A configuração é forte o suficiente para que você possa usar o smartphone para atividades corriqueiras sem surpresas negativas e dá até para jogar games com boa qualidade. Quando rodamos Asphalt 8 e Carmagedon, não houve travamentos inesperados.
O aparelho também tem Wi-Fi padrão AC, uma característica que a fabricante removeu do Moto X Play.
Algo muito interessante sobre o Moto X Style é que o som dele é estéreo. O áudio sai dos speakers que ficam na parte da cima e na de baixo do aparelho. Essa disposição foi claramente concebida para que você assista vídeos com o dispositivo na horizontal, já que alguns apps forçam a exibição por padrão, como o da Netflix.
Como dito, o aparelho é potente. Os resultados dos benchmarks comprovam isso. Confira a seguir.
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Como sempre, há poucos aplicativos pré-instalados e poucas modificações visuais. O app da câmera é o que mais muda. No entanto, o Android do Moto X Style é bem parecido com o que vimos no Moto X Play, quando já detalhamos essa interface do sistema usada pela Motorola.
De recursos adicionais de software, temos a ativação da câmera com um giro rápido do pulso e o acender da lanterna quando balançamos o aparelho para baixo por duas vezes. Nenhuma outra fabricante além da Motorola tem esses dois recursos, apesar de existirem funções semelhantes. Os aparelhos topo de linha da Samsung, por exemplo, lançam o app de câmera quando pressionamos duas vezes o botão home.
A bateria é uma das principais novidades do Moto X Style. Apesar de ter menos capacidade do que o Moto X Play, que tem 3.600 mAh, os 3.000 mAh do aparelho foram o suficiente para garantir bateria para um dia de uso moderado, com pouco mais de 3 horas de tela ligada. No teste de uso intenso do INFOlab, o gadget suportou por sete horas e 20 minutos. Esse valor, entretanto, é menor do que o que vimos no Galaxy S6 Edge+, que conseguiu nove horas e 43 minutos nas mesmas condições.
Mas a vantagem do Moto X Style está na velocidade de recarga. Com seu carregador de 25 W, dá para conseguir uma boa dose de carga emergencial em pouco mais de 15 minutos. Claro que, para isso, é preciso que o aparelho esteja desligado ou com o modo avião ativo.
O Moto X Style é o sucessor do Moto X de 2ª geração que vale a pena. O aparelho é excelente em diversos aspectos, apesar de ter uma tela bem grande, o que pode ser um fator limitante para a compra. Entre os gadgets topo de linha do mercado atual, a opção da Motorola é a mais barata. O produto pode não ter sensores biométricos ou uma caneta para interagir com a tela, mas se sai muito bem no que se propõe a fazer: ser um bom computador de bolso.
Sistema | Android 5.1.1 Lollipop |
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Chipset | Qualcomm Snapdragon 808 |
CPU | Dual-core 1.8 GHz Cortex-A57 e quad-core 1.44 GHz Cortex-A53 |
GPU | Adreno 418 |
RAM | 3 GB LPDDR3 |
Armazenamento | 32 GB + microSD de até 128 GB |
Localização | GPS, A-GPS, Glonass |
Tela | 5,7'' Quad HD |
Câmeras | 21 MP e 5 MP |
Peso | 179 g |
Bateria | 7h20 |
Prós | Ótima configuração, assistente pessoal Google Now sempre alerta, bom desempenho para jogos e vídeos e câmeras de qualidade. |
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Contras | Tela poderia ser menor e melhor. |
Conclusão | Ótimo smartphone para quem não liga para recursos fitness. |
Configuração | 8,8 |
Usabilidade | 9,0 |
Foto | 9,0 |
Design | 8,5 |
Bateria | 8,6 |
Média | 8.9 |
Preço | R$ 2.499 |