Tecnologia

Morre aos 94 anos criador do AK-47

Mikhail Kalashnikov, o criador do fuzil de assalto que matou mais pessoas do que qualquer outra arma de fogo no mundo, morreu nesta segunda-feira

Kalashnikov: ele disse que o orgulho de sua invenção icônica foi misturado com a dor de vê-la sendo usada por criminosos e crianças-soldados (REUTERS/Sergei Karpukhin/Files)

Kalashnikov: ele disse que o orgulho de sua invenção icônica foi misturado com a dor de vê-la sendo usada por criminosos e crianças-soldados (REUTERS/Sergei Karpukhin/Files)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h11.

Moscou - Mikhail Kalashnikov, o criador do fuzil de assalto que matou mais pessoas do que qualquer outra arma de fogo no mundo, morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos, informaram autoridades russas.

Kalashnikov, que estava na casa dos 20 anos quando criou o fuzil AK-47 logo após a Segunda Guerra Mundial, morreu em sua cidade natal, Izhevsk, perto dos Montes Urais, onde a arma ainda é produzida, disse um porta-voz do governador da província, segundo a agência.

O porta-voz não informou a causa da morte. Kalashnikov recebeu um estimulador elétrico para batimentos cardíacos em junho, e estava num hospital em Izhevsk desde 17 de novembro, informou a mídia estatal.

O AK-47, o que raramente emperra, mesmo em condições adversas, começou a ser utilizado nas Forças Armadas soviéticas em 1949. Hoje, os rifles Kalashnikov ainda são fundamentais para as Forças Armadas da Rússia e a polícia.

Conhecida como a arma escolhida pelas guerrilhas, a arma e suas imitações foram usadas em conflitos em todo o mundo durante décadas.

Em uma cerimônia no Kremlin no 90º aniversário de Kalashnikov, o então presidente Dmitry Medvedev concedeu-lhe a mais alta honraria do Estado --a medalha de ouro de Herói da Rússia-- e o elogiou pela criação de uma "marca nacional da qual os russos de orgulham".

Kalashnikov, filho de camponeses siberianos que nunca terminou a escola, disse que o orgulho de sua invenção icônica foi misturado com a dor de vê-la sendo usada por criminosos e crianças-soldados.

Acompanhe tudo sobre:ArmasÁsiaEuropaMortesRússia

Mais de Tecnologia

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site

Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por US$ 1,5 bilhão

Telegram agora é lucrativo, diz CEO Pavel Durov

O futuro dos jogos: Geração Z domina esportes eletrônicos com smartphones e prêmios milionários