SÃO PAULO - Os usuários mais antigos do Hotmail, da Microsoft, podem estar sendo "bombardeados" com mensagens onde são sutilmente "convidados" a aderir à versão paga do produto, lançada no final de outubro nos Estados Unidos, sob pena de perderem recursos ou seus arquivos de mensagens. Mas todo este esforço para angariar novos pagantes não elimina o serviço essencial, que continua gratuito - apesar de, agora, apresentar nova política de uso.

O que mudou? Essencialmente, o período em que o usuário pode permanecer sem acessar o Hotmail, que um dia já foi de três meses, e caiu agora de 45 dias para 30 dias. Quem ficar esse tempo todo sem entrar no serviço terá seus e-mails recebidos e enviados apagados, mas tem a chance de voltar à ativa com o mesmo endereço - que se manterá no ar, esperando sua visita, por mais 90 dias, conforme explica Marcos Swarowsky, desenvolvedor de negócios da MSN Brasil.

Até agora nada ainda foi acertado sobre pagamento de serviços para o país. Swarowsky afirma que quem tem uma conta mais antiga (da época em que ainda não era possível definir o idioma do Hotmail a ser usado), e não quer receber estes comunicados sobre a nova política pode mudar seu perfil, indicando que mora no Brasil - e assim se ver livre das comunicações adicionais. Mas continua tendo que acessar o serviço pelo menos uma vez a cada 30 dias, para não ver suas mensagens deletadas pela Microsoft.

A versão paga do Hotmail, que sai por 19,95 dólares anuais, foi recentemente lançada em outros países além dos Estados Unidos, entre eles Itália e Canadá. Ela oferece 10 MB de espaço para mensagens (contra os 2 MB do serviço gratuito); a possibilidade de envio de anexos com mais de 1,5 MB; 30 MB de espaço para o armazenamento de fotos, músicas e outros arquivos; e, claro, a vantagem de não ter sua conta de e-mail apagada durante um ano, independente da freqüência com que seja acessada.