Microsoft cria centro de capacitação para desenvolvedores em SP
Em parceria com a brasileira Distrito, a companhia americana irá oferecer treinamentos online e, futuramente, presenciais
Lucas Agrela
Publicado em 17 de junho de 2020 às 16h17.
Última atualização em 18 de junho de 2020 às 12h18.
A Microsoft inaugura nesta quarta-feira (17) um novo centro de capacitação para desenvolvedores em São Paulo, por meio de uma parceria com a empresa brasileira de treinamentos Distrito. O Brasil é o primeiro país da América Latina a ter uma unidade da iniciativa global chamada Microsoft Reactor, que visa oferecer treinamentos para desenvolvedores de startups, empreendedores e empresas estabelecidas.
Inicialmente, todos os treinamentos técnicos serão oferecidos via internet. No futuro, com o controle da pandemia do novo coronavírus, os treinamentos presenciais e eventos devem acontecer também nas unidades da Distrito.
Franklin Luzes, vice-presidente de operações da Microsoft Operações, afirma que o projeto foi trazido ao Brasil para auxiliar a comunidade de tecnologia na missão de se tornar referência global. “O Reactor tem uma relação muito grande com a missão da Microsoft, que é capacitar todas as pessoas e organizações do planeta para ajudá-las a conquistar mais. O Reactor é um centro de aprendizagem compartilhado, no qual nós provemos treinamentos, capacitações, mentorias, encontros e eventos. A gente se conecta à comunidade local de desenvolvedores, empreendedores e startups para fomentar a inovação. Queremos que o Brasil cresça e seja reconhecido internacionalmente como referência em inovação”, disse Luzes, em entrevista à EXAME.
Gustavo Araujo, sócio da Distrito, conta que a empresa tem cinco centros de treinamento no Brasil e que, no Microsoft Reactor, serão oferecidos também treinamentos internacionais, em diferentes horários do dia para atender a todos os desenvolvedores interessados em aprender alguma habilidade via internet. “O papel da Distrito é ajudar startups a atingir o mesmo nível de conhecimento técnico visto em outros países. Algumas tecnologias são vitais para a transformação digital que vivemos, como computação em nuvem e inteligência artificial. O empreendedor brasileiro precisa dominar essas habilidades e queremos ajudá-lo nisso”, afirmou Araujo à EXAME.
Embora os cursos ligados a tecnologia formem 46.000 profissionais por ano, segundo a Brasscom, essa quantidade não é suficiente para atender as empresas do setor, que abrem 70.000 vagas por ano. Por isso, a tendência é que a falta de mão de obra para trabalhar na área de tecnologia se agrave com o passar do tempo. Só nos próximos cinco anos, a expectativa é que sejam contratados 420.000 profissionais dessa área no Brasil.
Por isso, não só a Microsoft, mas grande parte das empresas de tecnologia, como a chilena Sonda, precisam ficar atentos ao treinamento dos seus próprios funcionários e parceiros, como uma maneira de, ao mesmo tempo, reter talentos que almejam avançar na carreira e se beneficiar do conhecimento adquirido por esses profissionais.