Michel Temer contra a Apple: Gradiente contrata ex-presidente para disputar o nome iPhone no STF
Ex-presidente entra na equipe de advogados que defende a marca iPhone no Brasil. Julgamento, que pode definir a propriedade da marca, está em andamento no STF
Repórter
Publicado em 23 de outubro de 2023 às 17h22.
Última atualização em 23 de outubro de 2023 às 17h27.
Michel Temer, ex-presidente do Brasil, agorafaz parte da equipe de advogados que representa a Gradiente em um processo contra a Appleno Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação visa determinar a propriedade da marca iPhone no território brasileiro. Até o momento, a Apple lidera o placar com quatro votos a favor, contra dois da Gradiente.
O ingresso de Temer ocorre na fase final do prazo para os ministros do STF declararem seus votos no Plenário Virtual. O julgamento está previsto para encerrar nesta segunda-feira, 23, às 23h59. Ainda aguardam-se os votos dos ministros Carmen Lúcia, Nunes Marques e André Mendonça.
Caso ocorra um pedido de vista, o processo pode ser estendido por, no mínimo, 90 dias. Há também a possibilidade de um pedido de destaque, o que transferiria o julgamento para o Plenário físico, podendo resultar em mudanças de votos.
Vale ressaltar que Michel Temer já atuou em defesa de empresas de tecnologia anteriormente. Recentemente, representou a Google durante debates sobre o projeto de lei das fake news no Congresso.
Entenda o caso
A disputa entre Gradiente e Apple remonta a mais de uma década antes de sua judicialização. Em 2000, a Gradiente solicitou o registro da marca “Gradiente iPhone” ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), finalizando o processo apenas em 2008.
Entretanto, em 2007, a Apple lançou seu primeiro iPhone nos EUA, chegando ao mercado brasileiro no ano seguinte. Com base nessa sequência de eventos, a Apple conseguiu anular o registro da Gradiente no INPI, levando a questão ao Judiciário. Nas duas instâncias anteriores, a Apple saiu vitoriosa.
No STF, os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin votaram a favor da Apple. Já Dias Toffoli e Gilmar Mendes se posicionaram favoravelmente à Gradiente. O ministro Edson Fachin se declarou suspeito no caso.