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Mercado Livre avança contra venda irregular e remove 6 milhões de anúncios

O número corresponde aos últimos seis meses e representa cerca de 1% dos mais de 585 milhões de anúncios publicados na América Latina durante o período

O Brasil é a maior frente de negócio do Mercado Livre, sendo responsável por mais da metade dos anúncios ativos na América Latina hoje (Leandro Fonseca/Exame)

O Brasil é a maior frente de negócio do Mercado Livre, sendo responsável por mais da metade dos anúncios ativos na América Latina hoje (Leandro Fonseca/Exame)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 18 de maio de 2022 às 10h30.

Última atualização em 18 de maio de 2023 às 15h19.

Para conter o avanço de pirataria, erros e insegurança de dados em anúncios em sua plataforma, o Mercado Livre lançou nesta quinta-feira, 18, o seu terceiro Relatório de Transparência na América Latina.

O documento, que marca o avanço da empresa na frente de controle de produtos e atendimento ao consumidor, mostra que 6 milhões de anúncios foram removidos por estarem em desacordo com as regras da plataforma. Esse volume representa cerca de 1% dos mais de 585 milhões de anúncios publicados entre julho e dezembro do ano passado. Na comparação com o semestre anterior, a quantidade de anúncios que precisaram ser moderados caiu 27%.

Entre as principais irregularidades, estão anúncio que não cumprem requerimentos de informações, segurança e qualidade dos produtos, proteção dos direitos de propriedade intelectual e proteção da privacidade.

Para se ter uma ideia, do total moderado pela empresa, 99,15% foi detectado proativamente pelas equipes de prevenção a fraudes, que atuam apoiadas por tecnologias baseadas em inteligência artificial e machine learning. Na média, para cada denúncia recebida, o sistema da plataforma, que é treinado há pelo menos quatro anos, remove oito vezes mais anúncios irregulares.

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Autoregulação

O Mercado Livre defende que tem atuado junto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, além do Ministério Público, Inmetro, Ancine, ABDR, Procons e Proteste, e uma política pioneira de autorregulamentação.

“Com mais de 22 anos de atuação, aprendemos muito e adquirimos expertise para tornar a plataforma do Mercado Livre em um espaço seguro. Hoje, em menos de 1 segundo, aplicamos mais de 5 mil variáveis para detectar, pausar ou mesmo remover em tempo real anúncios que violem os seus Termos e Condições de Uso”, afirma Ricardo Lagreca, diretor jurídico sênior do Mercado Livre no Brasil.

No período analisado, foram recebidas das autoridades latinoamericanas mais de 16 mil solicitações de informações de usuários ou transações. Mais de 90% desses pedidos foram respondidos adequadamente, enquanto os outros 10% foram solicitações incorretas ou informações que a plataforma não possui. Quando uma denúncia entra em processo de análise, o anúncio é pausado e não fica mais visível.

A partir desse momento, o vendedor tem prazo de quatro dias para contestar a denúncia. Depois, o denunciante tem o mesmo prazo para retirar a denúncia ou ratificá-la. Neste último caso, o anúncio é removido permanentemente e o comportamento do vendedor é analisado para determinar qual sanção será aplicada, que pode ir desde uma advertência, suspensão temporária ou até o encerramento definitivo da conta

No Brasil, dos mais de 270 milhões de anúncios ativos entre julho e dezembro do ano passado, pouco mais de 2 milhões violavam as regras da plataforma. Dentre as 10 principais categorias de conteúdos infratores no país estiveram: produtos para adultos classificados incorretamente, decodificadores, tabaco, remédios, contas e jogos, produto financeiro, produto não aprovado, equipamento médico, base de dados e cursos.

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