Mercado de PCs não está morto, diz presidente da Positivo
Para um dos fundadores da companhia, computadores têm ainda uns 10 anos de vida
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2013 às 09h55.
São Paulo – Muitas pesquisas decretam que o mercado de PCs está numa queda irrecuperável. E que em breve, os tablets e smartphones matarão os desktops e notebooks. Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, fabricante brasileira de computadores, duvida que esse cenário aconteça em curto prazo.
“O PC como conhecemos não está morto. Ele tem ainda mais uns 10 anos de vida, no mínimo. E só morrerá quando alguma tecnologia nova for mais confortável para fazer textos e apresentações”.
Um dos criadores da Positivo Informática e há mais de 25 anos trabalhando no mercado de computadores, Rotenberg acredita que a queda das vendas no mundo será revertida com os lançamentos e popularização dos computadores que têm capacidade de se transformar num tablet. “As vendas podem até registrar números históricos”, diz.
Em entrevista a INFO Online, ele explica um pouco mais sobre o mercado de PCs. E, ainda, as estratégias da Positivo Informática para lidar com as mudanças causadas por tablets e smartphones no mercado de PCs.
Dados de vários institutos, como o IDC, mostram uma queda na venda de PCs. Como você interpreta essa crise?
Não é uma crise. O mercado passa por uma mudança. O desktop e o notebook têm, hoje em dia, a concorrência dos tablets e dos smartphones. Muita gente que guarda dinheiro para investir num novo computador acaba comprando um desses aparelhos quando vai à loja, em alguns casos.
Mas por que o consumidor opta por um tablet ou smartphone?
Há uma razão. Esse pessoal que acaba investindo num tablet, por exemplo, comprou um computador recentemente ou tem um usado comprado há no máximo três anos. Como esses computadores têm capacidade para rodar os programas e sistemas operacionais mais novos, como o Windows 8, eles optam por um eletrônico diferente. Mas isso não significa que o PC está condenado, muito pelo contrário. O computador ainda é a melhor plataforma para visualizar vídeos, responder e-mails e, claro, produzir conteúdo, como textos, planilhas e apresentações. Por conta desses aspectos, o PC tem uma longa sobrevida.
O Windows 8 é muito criticado por não ter criado uma imagem positiva no mercado e nem ajudar a aumentar as vendas de computadores. Você concorda com isso ou acredita que o sistema ainda venderá bem?
O Windows 8 é um sistema operacional diferente dos anteriores. Eu costumo dizer a todo mundo que me pergunta isso que ele é adiantado no tempo e preparado para telas sensíveis ao toque. Em computadores com esse recurso, a experiência de uso do Windows 8 é sensacional. Com o Windows 8.1, que chega em breve, o sistema voltará a encantar quem não se deu bem com a atual versão.
O PC, como conhecemos, tem quanto tempo de vida?
Eu acredito que mais dez anos ou até mais. Mas, neste tempo, ele vai evoluir muito. Por exemplo, as telas dos próximos notebooks serão destacáveis e funcionarão como tablets. O usuário, portanto, terá dois equipamentos em apenas um eletrônico.
Você acha que esse tipo de equipamento do qual fala pode reduzir as quedas nas vendas de PCs ou até mesmo aumentá-las?
É difícil prever o futuro. Mas se as próximas pesquisas incluírem esses equipamentos que misturam tablets e PCs, o mercado de computadores vai crescer. Se o tablet, em algum momento, também for considerado um computador pessoal, o mercado de PCs volta a ter um crescimento espetacular.
O que a Positivo faz para tentar reverter a crise no mercado de PCs?
A gente não sentiu a queda nas vendas neste ano. Mas para nos prevenir, a gente apostará na classe média e no mercado corporativo, que sempre tem demanda por novos computadores. Claro, não vamos ignorar as tendências de mercado. A gente vai ter os notebooks com telas destacáveis e lançaremos uma nova linha de tablets barata, criada especialmente para quem procura o primeiro equipamento deste tipo. A Positivo aumentará ainda a oferta de smartphones: em junho, nossa fábrica começa a produzir modelos Android com telas que vão de 3,5 a 5 polegadas. Eles terão, além de processador quadcore, recursos que o brasileiro gosta, como televisão digital e suporte a até 3 chips de operadoras diferentes.
São Paulo – Muitas pesquisas decretam que o mercado de PCs está numa queda irrecuperável. E que em breve, os tablets e smartphones matarão os desktops e notebooks. Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, fabricante brasileira de computadores, duvida que esse cenário aconteça em curto prazo.
“O PC como conhecemos não está morto. Ele tem ainda mais uns 10 anos de vida, no mínimo. E só morrerá quando alguma tecnologia nova for mais confortável para fazer textos e apresentações”.
Um dos criadores da Positivo Informática e há mais de 25 anos trabalhando no mercado de computadores, Rotenberg acredita que a queda das vendas no mundo será revertida com os lançamentos e popularização dos computadores que têm capacidade de se transformar num tablet. “As vendas podem até registrar números históricos”, diz.
Em entrevista a INFO Online, ele explica um pouco mais sobre o mercado de PCs. E, ainda, as estratégias da Positivo Informática para lidar com as mudanças causadas por tablets e smartphones no mercado de PCs.
Dados de vários institutos, como o IDC, mostram uma queda na venda de PCs. Como você interpreta essa crise?
Não é uma crise. O mercado passa por uma mudança. O desktop e o notebook têm, hoje em dia, a concorrência dos tablets e dos smartphones. Muita gente que guarda dinheiro para investir num novo computador acaba comprando um desses aparelhos quando vai à loja, em alguns casos.
Mas por que o consumidor opta por um tablet ou smartphone?
Há uma razão. Esse pessoal que acaba investindo num tablet, por exemplo, comprou um computador recentemente ou tem um usado comprado há no máximo três anos. Como esses computadores têm capacidade para rodar os programas e sistemas operacionais mais novos, como o Windows 8, eles optam por um eletrônico diferente. Mas isso não significa que o PC está condenado, muito pelo contrário. O computador ainda é a melhor plataforma para visualizar vídeos, responder e-mails e, claro, produzir conteúdo, como textos, planilhas e apresentações. Por conta desses aspectos, o PC tem uma longa sobrevida.
O Windows 8 é muito criticado por não ter criado uma imagem positiva no mercado e nem ajudar a aumentar as vendas de computadores. Você concorda com isso ou acredita que o sistema ainda venderá bem?
O Windows 8 é um sistema operacional diferente dos anteriores. Eu costumo dizer a todo mundo que me pergunta isso que ele é adiantado no tempo e preparado para telas sensíveis ao toque. Em computadores com esse recurso, a experiência de uso do Windows 8 é sensacional. Com o Windows 8.1, que chega em breve, o sistema voltará a encantar quem não se deu bem com a atual versão.
O PC, como conhecemos, tem quanto tempo de vida?
Eu acredito que mais dez anos ou até mais. Mas, neste tempo, ele vai evoluir muito. Por exemplo, as telas dos próximos notebooks serão destacáveis e funcionarão como tablets. O usuário, portanto, terá dois equipamentos em apenas um eletrônico.
Você acha que esse tipo de equipamento do qual fala pode reduzir as quedas nas vendas de PCs ou até mesmo aumentá-las?
É difícil prever o futuro. Mas se as próximas pesquisas incluírem esses equipamentos que misturam tablets e PCs, o mercado de computadores vai crescer. Se o tablet, em algum momento, também for considerado um computador pessoal, o mercado de PCs volta a ter um crescimento espetacular.
O que a Positivo faz para tentar reverter a crise no mercado de PCs?
A gente não sentiu a queda nas vendas neste ano. Mas para nos prevenir, a gente apostará na classe média e no mercado corporativo, que sempre tem demanda por novos computadores. Claro, não vamos ignorar as tendências de mercado. A gente vai ter os notebooks com telas destacáveis e lançaremos uma nova linha de tablets barata, criada especialmente para quem procura o primeiro equipamento deste tipo. A Positivo aumentará ainda a oferta de smartphones: em junho, nossa fábrica começa a produzir modelos Android com telas que vão de 3,5 a 5 polegadas. Eles terão, além de processador quadcore, recursos que o brasileiro gosta, como televisão digital e suporte a até 3 chips de operadoras diferentes.