Mega é rápido e simples de usar
Saiba como usar o novo serviço de armazenamento online de Kim Dotcom
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 11h09.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h46.
São Paulo - O Mega já esta no ar. Lançado neste sábado, numa grande festa promovida por Kim Dotcom, em Auckland, na Nova Zelândia, O serviço é bem diferente do seu antecessor, Megaupload , fechado no ano passado pela justiça americana por ser um repositório ilegal de arquivos protegidos por direitos autorais. A INFO, que acompanhou o lançamento do serviço, já testou as funcionalidades do Mega. Conheça, a seguir, como ele funciona, seus recursos e vantagens – e se ele está pronto para enfrentar concorrentes como Dropbox e Google Drive.
O Mega é acessado no endereço http://mega.co.nz/. Para começar a usá-lo, o usuário precisa preencher um cadastro rápido com seus dados. Precisa apenas informar um endereço de e-mail, uma senha e, claro, concordar com as regras. Nesta tela, é possível escolher o idioma - entre os oferecidos, está o português do Brasil. Ao concluir, o usuário recebe um e-mail para confirmar o cadastro e ganha, automaticamente, 50 GB de espaço no Mega para guardar e compartilhar arquivos.
Ao concluir o cadastro, o usuário é direcionado para uma tela que gera as chaves de criptografia vinculadas à conta. O processo não demora mais que alguns segundos. Segundo Kim Dotcom, essas chaves trancam os dados que são armazenados no serviço; e ninguém, nem mesmo os engenheiros do Mega, consegue saber o conteúdo dos arquivos que foram guardados nos servidores. Nas regras de uso, o Mega deixa explícito que os dados armazenados nos servidores são de responsabilidade do usuário. E que se alguma confusão jurídica acontecer, Kim Dotcom e sua turma não terão nada a ver com ela.
Feitos os trâmites burocráticos do serviço, a tela de “Administrador de arquivos” é aberta. É por ela que os dados são enviados para o servidor do Mega. A interface é bem simples e lembra o gerenciador de arquivos do Windows. Na parte lateral direita dela, o usuário tem acesso ao ‘Cloud Drive’ – ele é o disco rígido da nuvem, onde ficam os dados como vídeos e músicas. Esta parte ainda tem uma pasta chamada lixo (que armazena os conteúdos apagados pelo usuário), a caixa de entrada (que concentra as mensagens enviadas por amigos ou administradores do Mega), e, por último, contatos (onde o usuário lista os amigos que também usam o Mega). Na parte superior do gerenciador ficam os comandos para criar pastas dentro do serviço e fazer uploads de dados. O bacana é que esta tela é compatível com o recurso drag and drop. Com ele, o usuário só precisa arrastar o arquivo para a interface do Mega para fazer o upload.
Ao subir um arquivo, o Mega faz a criptografia automaticamente. O usuário não tem a opção de recusar a ação. Por uma simples razão: Kim Dotcom não quer ser processado de novo pelos tribunais americanos por causa de arquivos ilegais armazenados em seus servidores.E o único jeito de fazer isso foi com a criptogtafia, pois, com ela, somente o usuário tem a chave para mostrar o conteúdo do arquivo. A tecnologia do Mega, diz Dotcom, garante ainda proteção contra a captura de dados que acontece na internet por sistemas espiões à revelia do usuário.
No fim do processo de upload, o usuário chega numa tela que entrega a chave criptográfica para abrir o arquivo, o link de download caso ele queira compartilhar o dado com um amigo, além de informações do arquivo armazenado no servidor, como tamanho e nome completo. O interessante é que nesta tela, o Mega avisa que respeita as leis de direitos autorais e que não compactua com ações que colaborem para a disseminação ilegal de arquivos protegidos. E alerta o usuário que o serviço não pode ser usado para pirataria.
Ao se cadastrar no Mega, o usuário ganha 50 GB para guardar seus arquivos. Mas se o espaço não for suficiente, o usuário pode aderir aos planos pagos. Eles ficam disponíveis na aba Menu, na parte superior da interface do programa. No modelo de assinatura mensal, o internauta paga 10 euros por 500 GB; 20 euros por 2 TB; e 30 euros por 4 TB. Se quiser um desconto de 17% no valor, o usuário deve optar pelo plano anual. Neste caso, os valores cobrados são 100 euros por 500 GB; 200 euros por 2 TB; e 300 euros por 4 TB. Para qualquer um dos planos pagos, o usuário deve usar um cartão de crédito internacional.
Dotcom não gosta de serviços lerdos. Quando decidiu montar o Mega, pediu à equipe de engenharia que fizesse algo para funcionar com velocidade mesmo em conexões de internet lentas. Assim nasceu o acelerador Mega, que funciona diretamente no serviço, sem a necessidade de aplicativos. A tecnologia fragmenta os arquivos que são enviados para os servidores do Mega em vários pedaços. Desse modo, o upload é feito de forma mais rápida. E o usuário pode subir, simultaneamente, até seis arquivos, sejam eles grandes ou pequenos. A tecnologia também é aplicada para acelerar os downloads dos dados.