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McAfee, o pioneiro dos antivírus, foge da polícia em Belize

John McAfee, dono de uma fortuna que já foi avaliada em 100 milhões de dólares e eternamente associado aos antivírus, agora é um fugitivo na América Central

John McAfee fala em San Pedro, Belize: o pioneiro dos antivírus era conhecido pelo comportamento excêntrico e por gostar de armas (Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 14h46.

São Paulo — Quando se fala em antivírus , o nome de John McAfee logo aparece na conversa. Nos anos 80, ele criou um dos primeiros programas protetores para computadores e fundou a empresa que leva seu nome e que, hoje, pertence à Intel . Mas McAfee é, agora, fugitivo em Belize, onde é procurado pela polícia por suspeita de assassinato.

Depois de fazer sucesso como empreendedor e programador, McAfee parece ter passado por uma transformação radical por volta de 2009, quando já não era mais dono da empresa que fundou. Naquele ano, sua fortuna, antes avaliada em 100 milhões de dólares, havia se reduzido a meros 4 milhões de dólares, como conta uma reportagem da época publicada pelo New York Times.

Ele, então, leiloou seus bens e comprou uma casa à beira da praia na ilha de Ambergris, em Belize, para onde se mudou. Naquele pequeno país centro-americano, McAfee chegou a fundar, em 2010, uma empresa de biotecnologia, a QuorumEx. Mas seu comportamento excêntrico sempre causou espanto entre os vizinhos.

Mesmo morando numa tranquila ilha no litoral de Belize, McAfee, agora com 67 anos, andava cercado de agentes de segurança e, dizem alguns, armado. No portão de sua casa, um cartaz com o desenho de uma mão empunhando um revólver dizia: “Não ligue para o cachorro. Mas cuidado com o dono”, como mostra uma reportagem do canal de TV americano ABC.


O empreendedor gosta de aparecer em fotos com armas na mão. Ele chegou a posar para um fotógrafo da revista Wired apontando um revólver para a própria cabeça. Esse tipo de atitude não passou em branco com a polícia de Belize, que chegou a invadir sua casa acusando-o de possuir drogas e armas ilegais.

As coisas se complicaram há alguns dias, quando Gregory Faull, vizinho de McAfee em Belize, foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Faull costumava reclamar do barulho dos latidos dos 11 cachorros de seu vizinho famoso. Na última sexta-feira, quatro desses cachorros foram encontrados mortos, envenenados.

A polícia procurou o homem dos antivírus, alegadamente para tomar seu depoimento, mas ele fugiu. McAfee, depois, contou ao jornalista Joshua Davis, da Wired, que achou que a polícia ia matá-lo. “Me escondi durante quase 18 horas. Me enterrei na areia, subi em telhados”, disse ele.

McAfee nega que tenha relação com o assassinato de Faull. Ele acusa a própria polícia de Belize de ter matado seu vizinho e envenenado seus cachorros. Ele disse à Wired que mudou sua aparência tingindo os cabelos, as sobrancelhas, a barba e o bigode. Seu temor, diz, é que seja torturado e morto pela polícia se for pego. Curiosamente, ele diz que não pretende sair de Belize, país que diz adorar.

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São Paulo — Quando se fala em antivírus , o nome de John McAfee logo aparece na conversa. Nos anos 80, ele criou um dos primeiros programas protetores para computadores e fundou a empresa que leva seu nome e que, hoje, pertence à Intel . Mas McAfee é, agora, fugitivo em Belize, onde é procurado pela polícia por suspeita de assassinato.

Depois de fazer sucesso como empreendedor e programador, McAfee parece ter passado por uma transformação radical por volta de 2009, quando já não era mais dono da empresa que fundou. Naquele ano, sua fortuna, antes avaliada em 100 milhões de dólares, havia se reduzido a meros 4 milhões de dólares, como conta uma reportagem da época publicada pelo New York Times.

Ele, então, leiloou seus bens e comprou uma casa à beira da praia na ilha de Ambergris, em Belize, para onde se mudou. Naquele pequeno país centro-americano, McAfee chegou a fundar, em 2010, uma empresa de biotecnologia, a QuorumEx. Mas seu comportamento excêntrico sempre causou espanto entre os vizinhos.

Mesmo morando numa tranquila ilha no litoral de Belize, McAfee, agora com 67 anos, andava cercado de agentes de segurança e, dizem alguns, armado. No portão de sua casa, um cartaz com o desenho de uma mão empunhando um revólver dizia: “Não ligue para o cachorro. Mas cuidado com o dono”, como mostra uma reportagem do canal de TV americano ABC.


O empreendedor gosta de aparecer em fotos com armas na mão. Ele chegou a posar para um fotógrafo da revista Wired apontando um revólver para a própria cabeça. Esse tipo de atitude não passou em branco com a polícia de Belize, que chegou a invadir sua casa acusando-o de possuir drogas e armas ilegais.

As coisas se complicaram há alguns dias, quando Gregory Faull, vizinho de McAfee em Belize, foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Faull costumava reclamar do barulho dos latidos dos 11 cachorros de seu vizinho famoso. Na última sexta-feira, quatro desses cachorros foram encontrados mortos, envenenados.

A polícia procurou o homem dos antivírus, alegadamente para tomar seu depoimento, mas ele fugiu. McAfee, depois, contou ao jornalista Joshua Davis, da Wired, que achou que a polícia ia matá-lo. “Me escondi durante quase 18 horas. Me enterrei na areia, subi em telhados”, disse ele.

McAfee nega que tenha relação com o assassinato de Faull. Ele acusa a própria polícia de Belize de ter matado seu vizinho e envenenado seus cachorros. Ele disse à Wired que mudou sua aparência tingindo os cabelos, as sobrancelhas, a barba e o bigode. Seu temor, diz, é que seja torturado e morto pela polícia se for pego. Curiosamente, ele diz que não pretende sair de Belize, país que diz adorar.

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