Tecnologia

MasterCard usará selfie para autorizar pagamentos no celular

Empresa busca alternativas para as tradicionais senhas e quer reduzir fraudes

Selfies: fotos servirão como método de autenticação de pagamentos (Divulgação/MasterCard)

Selfies: fotos servirão como método de autenticação de pagamentos (Divulgação/MasterCard)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 16h21.

São Paulo – A MasterCard anunciou que utilizará selfies (autorretratos) para autorizar pagamentos realizados pelo celular. O aplicativo da empresa usará as informações captadas pela câmera do smartphone para uma rápida análise, que acontece por meio de algoritmos de reconhecimento facial.

O recurso é chamado de selfie pay e passará a funcionar no app da empresa, no futuro, quando o usuário colocar as informações referentes ao seu cartão bancário. 

De acordo com a companhia, é preciso que a pessoa pisque durante a autenticação. Dessa forma, alguém que tentar enganar o aplicativo com uma fotografia não terá sucesso. O uso de vídeos de alguém piscando também pode ser detectado pela tecnologia de reconhecimento facial, informa a MasterCard.

Outro parâmetro de segurança para evitar que pagamentos indevidos sejam autorizados é a normalidade das transações feitas com o uso do selfie pay. 

Esses autorretratos não serão usados em todas as ocasiões pelo aplicativo da MasterCard. Quando a companhia julgar necessário, eles serão uma forma adicional de autenticação.

Em entrevista ao site The Verge, Ajay Bhalla, presidente de soluções de segurança empresarial da MasterCard, disse que a empresa estuda adotar outros métodos de reconhecimento biométrico para aumentar a segurança das transações móveis. 

Uma delas seria habilitar o app para utilizar leitores de impressões digitais de smartphones, como o Touch ID, presentes nos iPhones desde a geração 5s. A outra seria adotar o reconhecimento do ritmo cardíaco, usando um sensor para fazer um rápido eletrocardiograma – o que permite identificar um sinal elétrico único para cada pessoa, como a impressão digital.

O porém é que os sensores de ritmo cardíaco não estão presentes na maioria dos smartphones. Por isso, Bhalla diz acreditar que o reconhecimento facial seja algo mais próximo da realidade – e que deve ser visto cada vez mais ao longo dos próximos 12 meses.

No ano passado, a companhia chegou a fazer uma parceria com a Bionym, responsável pela pulseira Nymi, que conta com monitor cardíaco– e não foi lançada no mercado brasileiro. A MasterCard chegou a usar essa forma de autenticação na Holanda e no Canadá e informou que o retorno que obteve dos usuários foi positivo.

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