SÃO PAULO O KaZaA, um dos mais populares serviços de peer-to-peer, e a gigante de telecomunicações Verizon estão propondo uma forma de remuneração direta aos artistas para compensar a troca gratuita de música e filmes pela internet. Porém a RIAA, a entidade que reúne as principais gravadoras, considerou a proposta ridícula .

A sugestão envolve a criação de uma espécie de licença compulsória de direitos autorais para a troca de músicas e filmes pela web. Só que em vez de ficar no prejuízo total, o que ocorre hoje, os artista receberiam o pagamento feito por fabricantes de PCs, gravadores e CDs virgens, provedores e empresas de softwares e serviços, como o KaZaA.

A receita seria obtida com a cobrança de uma taxa mensal de um dólar dos internautas. Segundo afirmou ao jornal USA Today Phil Corwin, um dos lobistas do KaZaA, essa taxa representaria uma arrecadação anual de aproximadamente dois bilhões de dólares.

No entanto a proposta não foi muito bem recebida por Hilary Rosen, presidente da RIAA. Segundo a poderosa chefona das gravadoras, a proposta é a coisa mais cínica que ela já ouviu.

Enquanto isso, os serviços de distribuição de música pela web oficiais das gravadoras, o MusicNet e o Pressplay, continuam perdendo de lavada de serviços como KaZaA, Audiogalaxy e iMesh e cia na preferência dos internautas.