Tecnologia

Julgamento de patentes entre Microsoft e Google é concluído

Julgamento vai determinar quais royalties a Microsoft deve pagar ao Google pela licença de uso de algumas patentes da Motorola


	Microsoft Surface: companhia deverá faturar cerca de US$ 94 bilhões com tablet e com o Xbox, dois produtos que usariam patentes do Google
 (Divulgação)

Microsoft Surface: companhia deverá faturar cerca de US$ 94 bilhões com tablet e com o Xbox, dois produtos que usariam patentes do Google (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 15h18.

Seattle - Um especialista que prestou depoimento pelo Google na terça-feira afirmou que a Microsoft vai faturar cerca de 94 bilhões de dólares até 2017 com o console de videogames Xbox e o tablet Surface, dois produtos que usam tecnologia de comunicação sem fio patenteada pelo Google.

Michael Dansky, especialista que trabalha para a divisão Motorola Mobility do Google, depôs no dia final de um importante julgamento sobre patentes que envolve Google e Microsoft em Seattle.

O valor de 94 bilhões de dólares que ele mencionou também inclui um adaptador sem fio que a Microsoft já deixou de vender. Não estava claro qual era a data inicial adotada por ele para essa estimativa de faturamento.

A Microsoft se recusou a comentar o número.

O julgamento de uma semana conduzido no tribunal federal norte-americano em Seattle vai determinar quais royalties a Microsoft deve pagar ao Google pela licença de uso de algumas patentes da Motorola.

O Google concluiu a aquisição da Motorola por 12,5 bilhões de dólares alguns meses atrás, em parte, por conta do acervo de patentes da companhia.

A Motorola solicita até 4 bilhões de dólares anuais em royalties por suas patentes de comunicação sem fio e vídeo, e a Microsoft argumenta que a rival tem direito a apenas 1 milhão de dólares anuais.

Se o juiz James Robart decidir que o Google merece apenas royalties modestos, as patentes da Motorola serão uma arma mais fraca na negociação de licenças entre o Google e empresas rivais.

Antes do julgamento, Robart anunciou que os depoimentos sobre acordos de licenciamento entre Microsoft, Motorola e outras empresas de tecnologia seriam revelados ao público, acompanhados por outras informações financeiras sensíveis.

Mas o juiz voltou atrás nesta semana, alegando que precedentes na instância de recursos o forçavam a manter os dados secretos. Na terça-feira, ele fez remover os espectadores da sala de audiências e ouviu duas horas de depoimentos sigilosos.

Robart deve levar algumas semanas para anunciar sua decisão, visto que as companhias devem apresentar petições adicionais.

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