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Jovens, loucos e conectados

Vestindo jeans e All Star, a nova geração de pensadores digitais busca no compartilhamento de conhecimento o segredo do sucesso

O mais importante no SXSW é a interação entre os visitantes. Mesmo conectados o tempo inteiro nos iPhones, a conversa flui na hora de dividir uma tomada para carregar o gadget (Michael Buckner/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 14h18.

Austin - Eles estão na faixa dos 30 anos, trabalham em grandes empresas e buscam inspiração para empreender. Esse é o público que todos os anos invade a pacata Austin, no Texas, para participar do festival mais diversificado do planeta: o South by Southwest. O SXSW, como é conhecido o encontro, reúne durante dez dias fãs de cultura digital, cinema e música, áreas que se completam graças à internet, uma plataforma multimídia.

Os participantes do SXSW têm em comum o dom de escutar. Todos os dias, das 9h00 às 18h00, eles assistem palestras, workshops e debates com o objetivo de aprender a absorver informação. Não existem calendários fixos ou tietagem. Durante os eventos todos conversam entre si sem se preocupar com hierarquia, idioma ou experiência. É como se a democracia e o anonimato da web saísse da tela do computador para invadir as ruas, bares e hotéis de Austin.

A informalidade é aparente nas roupas. A maioria dos participantes veste jeans, camiseta - de banda, de game, de filme, de super-herói - e tênis, item indispensável e recomendado pela organização, já que as atividades acontecem em vários locais da cidade.

O mais importante no SXSW é a interação entre os visitantes. Mesmo conectados o tempo inteiro aos seus iPhones - é comum esbarrar nas pessoas que caminham pelas ruas consultando seus celulares -, a conversa flui naturalmente na hora de dividir uma tomada para carregar o gadget. O mesmo acontece nas vans que levam as pessoas de um lugar para o outro. É absolutamente normal alguém puxar conversa, falar sobre o aplicativo mais interessante do momento, perguntar o endereço do Twitter ou comentar sobre a sua nova ideia de startup.

Lindsey Ashleys, de 28 anos, é uma veterana do SXSW. Moradora de Austin, esta é a sexta vez que ela participa do festival. Segundo Ashleys, o seu grande objetivo nesta edição é buscar um novo emprego. Para isso, ela foca seus esforços nas redes de contato, facilmente implementadas durante eventos voltados à carreira.

Inspiração é o que move Noëlle Pareja, de 30 anos, moradora de Nova York. Senior copywriter na Victoria's Secret, ela afirma estar atrás de novas tecnologias. Já John J. Owers, de 39 anos, saiu do Alabama para explorar novos aspectos criativos no festival.

Há quem procure no South by Southwest uma receita mágica para o sucesso. Mohamed Adeny, de 26 anos, é do Cairo, Egito, e veio para o evento para assistir as palestras sobre startups. Ele já deu início a um negócio na área de educação e se interessou pelos painéis que abordam o mercado brasileiro. "Estou curioso para saber o que está acontecendo no Brasil", diz. Eric Holm, de 29 anos, é holandês e busca no SXSW um conhecimento bem específico. O designer, que já trabalha com desenvolvimento de games, quer aperfeiçoar suas técnicas na produção de jogos sociais, uma grande tendência do setor.

Sentados no chão ao lado de uma garrafa de cerveja esses nativos digitais passariam despercebidos anos atrás. O que mudou, contudo, é que o mercado não precisa mais de profissionais em série, treinados para executar tarefas de forma mecânica. A cultura do conhecimento compartilhado chegou ao mundo corporativo e o que esses jovens estão tentando fazer é se adequar a um cenário em que pensar é mais do que um diferencial: é uma exigência.

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Austin - Eles estão na faixa dos 30 anos, trabalham em grandes empresas e buscam inspiração para empreender. Esse é o público que todos os anos invade a pacata Austin, no Texas, para participar do festival mais diversificado do planeta: o South by Southwest. O SXSW, como é conhecido o encontro, reúne durante dez dias fãs de cultura digital, cinema e música, áreas que se completam graças à internet, uma plataforma multimídia.

Os participantes do SXSW têm em comum o dom de escutar. Todos os dias, das 9h00 às 18h00, eles assistem palestras, workshops e debates com o objetivo de aprender a absorver informação. Não existem calendários fixos ou tietagem. Durante os eventos todos conversam entre si sem se preocupar com hierarquia, idioma ou experiência. É como se a democracia e o anonimato da web saísse da tela do computador para invadir as ruas, bares e hotéis de Austin.

A informalidade é aparente nas roupas. A maioria dos participantes veste jeans, camiseta - de banda, de game, de filme, de super-herói - e tênis, item indispensável e recomendado pela organização, já que as atividades acontecem em vários locais da cidade.

O mais importante no SXSW é a interação entre os visitantes. Mesmo conectados o tempo inteiro aos seus iPhones - é comum esbarrar nas pessoas que caminham pelas ruas consultando seus celulares -, a conversa flui naturalmente na hora de dividir uma tomada para carregar o gadget. O mesmo acontece nas vans que levam as pessoas de um lugar para o outro. É absolutamente normal alguém puxar conversa, falar sobre o aplicativo mais interessante do momento, perguntar o endereço do Twitter ou comentar sobre a sua nova ideia de startup.

Lindsey Ashleys, de 28 anos, é uma veterana do SXSW. Moradora de Austin, esta é a sexta vez que ela participa do festival. Segundo Ashleys, o seu grande objetivo nesta edição é buscar um novo emprego. Para isso, ela foca seus esforços nas redes de contato, facilmente implementadas durante eventos voltados à carreira.

Inspiração é o que move Noëlle Pareja, de 30 anos, moradora de Nova York. Senior copywriter na Victoria's Secret, ela afirma estar atrás de novas tecnologias. Já John J. Owers, de 39 anos, saiu do Alabama para explorar novos aspectos criativos no festival.

Há quem procure no South by Southwest uma receita mágica para o sucesso. Mohamed Adeny, de 26 anos, é do Cairo, Egito, e veio para o evento para assistir as palestras sobre startups. Ele já deu início a um negócio na área de educação e se interessou pelos painéis que abordam o mercado brasileiro. "Estou curioso para saber o que está acontecendo no Brasil", diz. Eric Holm, de 29 anos, é holandês e busca no SXSW um conhecimento bem específico. O designer, que já trabalha com desenvolvimento de games, quer aperfeiçoar suas técnicas na produção de jogos sociais, uma grande tendência do setor.

Sentados no chão ao lado de uma garrafa de cerveja esses nativos digitais passariam despercebidos anos atrás. O que mudou, contudo, é que o mercado não precisa mais de profissionais em série, treinados para executar tarefas de forma mecânica. A cultura do conhecimento compartilhado chegou ao mundo corporativo e o que esses jovens estão tentando fazer é se adequar a um cenário em que pensar é mais do que um diferencial: é uma exigência.

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