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Apresentado por Cisco

Jogos Rio 2016 incentivam a inovação nos serviços urbanos

Parceria entre a Cisco e a Prefeitura do Rio de Janeiro gera uma série de iniciativas que auxiliarão a cidade a se tornar mais digitalizada e inteligente

Vista da Praça Mauá, em área do projeto de revitalização Porto Maravilha: parceria entre a Cisco e a Prefeitura do Rio de Janeiro vai tornar o bairro um exemplo de espaço conectado, inteligente e humano	 (Getty Images)

Vista da Praça Mauá, em área do projeto de revitalização Porto Maravilha: parceria entre a Cisco e a Prefeitura do Rio de Janeiro vai tornar o bairro um exemplo de espaço conectado, inteligente e humano (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 18h21.

Imagine o seguinte cenário. Faltam poucas horas para o início de uma importante prova de natação e um acidente de trânsito nas redondezas do Parque Olímpico gera um grande impacto na mobilidade de atletas e espectadores a caminho do parque. O incidente pode ameaçar o início da competição e o rígido cronograma dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. 

Esse cenário hipotético, descrito por Rodrigo Uchoa, diretor de novos negócios e coordenador-geral do projeto Rio 2016 da Cisco, ilustra uma situação extrema em que a tecnologia ganha um papel crucial para auxiliar o Centro de Operações Rio (COR) a lidar com imprevistos durante os Jogos Rio 2016, agindo de forma coordenada com o Centro Principal de Operações (MOC) do Rio 2016. O tempo para a análise da situação e a rápida resposta ao incidente é crítico para minimizar possíveis impactos aos Jogos.

O COR faz o monitoramento permanente da cidade e está sempre pronto para atuar em situações de emergência. Com um sistema de dados integrado e suas 560 câmeras de monitoramento, é o quartel-general onde se coordenam e se planejam todas as ações em momentos de crise. 

“O COR fará o monitoramento proativo da cidade e atuará na coordenação de ações em caso de incidentes durante os Jogos”, afirma Uchoa. Isso envolve a comunicação e a correlação de informações em tempo real das concessionárias e dos órgãos públicos. Se surgir um incidente, a reação precisa ser rápida e eficiente. “A tecnologia será usada para que problemas sejam detectados e corrigidos o mais rápido possível”, diz Uchoa. 

Multinacional americana especializada em redes e conectividade, a Cisco firmou uma parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e tem conduzido uma série de iniciativas que auxiliarão o Rio a se tornar uma cidade mais digitalizada e inteligente. A inovação urbana será um importante legado deixado pelos Jogos.

Para melhorar a capacidade de resposta do COR, uma das iniciativas da Cisco é um kit de conectividade chamado Unidade Móvel do COR (UM-COR). Ele permitirá o deslocamento das equipes do COR sem que percam o contato com a base. A UM-COR tem infraestrutura de rede, câmeras de monitoramento e serviço de voz. É a primeira vez que uma cidade brasileira terá uma solução integrada com essas características, que garante agilidade e mobilidade aos agentes para solucionar eventuais problemas. 

“Se acontecer um incidente e pessoas precisarem ser destacadas, o kit tem capacidade para mantê-las em campo com as mesmas funcionalidades e ferramentas de comunicação que teriam se estivessem no COR”, afirma Rodrigo Uchoa. “É como um braço que pode ser levado para perto de uma competição em caso de necessidade.”

A parceria da Cisco com a Prefeitura do Rio não está restrita aos Jogos. Há uma intenção maior de transformar a cidade em uma capital verdadeiramente inteligente, em que ferramentas digitais auxiliam os gestores no desenho de um município melhor para seus moradores e turistas. 

Isso começa pelo projeto de revitalização Porto Maravilha, que transformará a área portuária da cidade em um modelo de bairro mais inteligente e humano por meio da plataforma tecnológica baseada em infraestrutura da Cisco, com um data center dedicado, rede Wi-Fi e novos serviços urbanos. Sobre essa base, o governo poderá implantar novas soluções digitais para atender o cidadão e tomar melhores decisões, com redes colaborativas, de sensores e de comunicação. O Porto Maravilha terá ainda, durante os Jogos, telões de transmissão no live site que será realizado na região.

“No início de um projeto desse tipo, é importante limitar o escopo”, afirma Nina Lualdi, diretora sênior de inovação da Cisco para América Latina. “Isso permite testar o serviço e afiná-lo com base nas necessidades do cidadão. Só assim o projeto terá um impacto de verdade. Acreditamos que o cidadão deve ser o protagonista. Uma cidade inteligente precisa ser humana também.”

Para selecionar os primeiros serviços digitais do projeto, foi lançado o Desafio Cisco de Inovação Urbana Porto Maravilha. A Cisco selecionou cinco ideias com base em critérios como ineditismo, aderência tecnológica, qualidade técnica do time, nível de importância estratégica e impacto sobre o cidadão. 

Saíram vitoriosas as seguintes soluções: mapa colaborativo de acessibilidade criado pela empresa Livrit para portadores de necessidades especiais; plataforma de segurança da startup Nearbee; ponto de ônibus para portadores de deficiência visual desenhado pela ViiBus; microfones que detectam sons incomuns e geram avisos do Áudio Alerta; e sensores para o auxílio da administração urbana da Net Sensores. Algumas dessas soluções terão uma prova de conceito operacional antes da realização dos Jogos.

Os empreendedores por trás das ideias passaram por um programa de mentoria e aceleração de cinco meses, apoiado pelo Centro de Inovação da Cisco e por parceiros.

“A participação da Cisco foi fora da curva”, diz Francisco Viniegra, presidente da Livrit. “Fizemos muitas validações, conversamos com o público na rua e lapidamos a solução. As mentorias técnicas e de desenvolvimento de produto ajudaram a amadurecer a solução.”

O mapa digital da Livrit permite ao usuário informar o nível de acessibilidade de calçadas e estabelecimentos. Assim, além de ajudar o cidadão, a ferramenta também vai auxiliar os gestores municipais a mapear pontos não acessíveis, o que permitirá, no longo prazo, iniciativas de adaptação mais eficientes. 

Dados do último Censo mostram que 84% da população brasileira vive em áreas urbanas. Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as cidades cheguem ao ápice de seu desenvolvimento e ofereçam serviços de alta qualidade à população. Mas para acelerar o processo de melhoria e colocar o cidadão no centro dessa evolução, os governantes já podem contar com o valioso auxílio da tecnologia.

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