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Japão cria teste para detectar câncer de pâncreas no início

Este kit de amostragem foi desenvolvido desde 2005 por uma equipe do Instituto Nacional de Investigação Oncológica, dependente do governo japonês


	Exame de sangue: teste identifica biomarcadores relacionados com a aparição de tumores no prâncreas
 (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

Exame de sangue: teste identifica biomarcadores relacionados com a aparição de tumores no prâncreas (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 08h09.

Tóquio - Um centro de saúde japonês começará a realizar testes clínicos de um exame sanguíneo que pode servir para detectar o câncer de pâncreas, um dos mais demorados para ser diagnosticado, ainda no início.

Os testes começarão neste mês em um centro da Prefeitura de Hyogo (oeste do Japão), detalhou nesta quarta-feira o jornal japonês "Asahi".

Este kit de amostragem foi desenvolvido desde 2005 por uma equipe do Instituto Nacional de Investigação Oncológica, dependente do governo japonês, liderado pelo professor Kazufumi Honda.

Além de identificar biomarcadores relacionados com a aparição de tumores neste órgão glandular, o teste permite quantificar o proteoma (o conjunto total de proteínas que contém uma célula) sanguíneo do paciente.

Os testes realizados até agora pela equipe tiveram sucesso na hora de detectar os padrões que mostra o proteoma sanguíneo de um sujeito com câncer pancreático, diferentes dos do paciente são.

Detectar o câncer de pâncreas de maneira antecipada é muito difícil mediante exames rotineiros, já que o órgão se encontra em uma região profunda do corpo e apalpar ou visualizar o tumor em seu primeiros estágios é praticamente impossível.

Da mesma maneira, por si só a detecção em sangue de biomarcadores associados ao câncer de pâncreas não indica necessariamente a presença de um tumor.

Isto faz com que o câncer pancreático apresente uma das taxas de sobrevivência mais baixas, já que cerca de 85% dos pacientes diagnosticados apresentam um estado demais avançado como para poder se submeter a cirurgia.

Deste modo, se os testes clínicos confirmarem os bons resultados obtidos até agora, este poderia contribuir para melhorar enormemente esta estatística.

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