Itaipu vira celeiro de pesquisa de carros elétricos
O galpão da usina funciona como uma oficina eletromecânica, onde já foram fabricados 84 protótipos de veículos
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 13h18.
Foz do Iguaçu - Um antigo depósito para peças da usina de Itaipu se transformou em um dos maiores celeiros de pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil.
O galpão funciona como uma oficina eletromecânica e ali já foram fabricados 84 protótipos de carro, caminhão, ônibus e veículo leve sobre trilhos (VLT).
A iniciativa faz parte da estratégia de Itaipu de se tornar protagonista no fomento de novas tecnologias relacionadas à energia, visando o desenvolvimento da indústria nacional e a obtenção de royalties com o licenciamento de produtos inovadores.
O envolvimento da usina com os projetos de veículos elétricos começou por acaso, após um acordo de cooperação técnica fechado com a empresa suíça de geração de energia KWO, em 2005. A KWO queria o conhecimento de Itaipu de gestão ambiental e, em troca, ofereceu à usina o acesso a suas tecnologias.
Uma delas era o carro elétrico, desenvolvido para atender a necessidade de usar um veículo sem emissão de CO2 para percorrer túneis subterrâneos que ligam nove usinas da empresa nos Alpes suíços.
"Na época, fizemos a conta e vimos que o carro elétrico era viável", afirma Celso Novais, engenheiro que entrou no projeto como intérprete na reunião com os suíços - ele tinha na época o melhor inglês do departamento - e hoje é o coordenador do Projeto Veículo Elétrico (VE) de Itaipu.
Sua primeira missão foi encontrar uma montadora disposta a ser parceira do projeto e aplicar o kit elétrico da KWO nos seus carros. Depois de receber diversos "nãos", Itaipu foi procurada pela Fiat em 2006. O interesse da Fiat era buscar soluções para o carro elétrico e esse foi o primeiro projeto do gênero da montadora no mundo.
Com a parceria, o depósito de peças ao lado da usina deu lugar ao Centro de Pesquisa de Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos de Itaipu.
As primeiras atividades da oficina foram adaptar a tecnologia da suíça KWO para viabilizar uma versão elétrica do Palio Weekend. "Itaipu e a KWO entendem de eletricidade e nós de carro. A transferência tecnológica viabilizou o projeto", disse Leonardo Cavaliere, gerente de planejamento e estratégia de veículos elétricos da Fiat.
O carro sai da fábrica da empresa em Minas Gerais e segue para Itaipu, onde recebe o kit elétrico. Ao todo, 200 componentes são diferentes dos usados pelo mesmo modelo a combustão - o principal deles é a bateria de níquel e sódio, que pesa 165 kg e fica no porta-malas do carro.
O Palio Weekend Elétrico ainda é um veículo conceito e, por custar cinco vezes o preço da versão a combustão, é inviável comercialmente. Desde 2006, saíram da oficina apenas 40 unidades do carro da Fiat na versão elétrica - e a maior parte delas compõe a frota da usina. Do ponto de vista técnico, porém, o projeto é vencedor.
Foz do Iguaçu - Um antigo depósito para peças da usina de Itaipu se transformou em um dos maiores celeiros de pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil.
O galpão funciona como uma oficina eletromecânica e ali já foram fabricados 84 protótipos de carro, caminhão, ônibus e veículo leve sobre trilhos (VLT).
A iniciativa faz parte da estratégia de Itaipu de se tornar protagonista no fomento de novas tecnologias relacionadas à energia, visando o desenvolvimento da indústria nacional e a obtenção de royalties com o licenciamento de produtos inovadores.
O envolvimento da usina com os projetos de veículos elétricos começou por acaso, após um acordo de cooperação técnica fechado com a empresa suíça de geração de energia KWO, em 2005. A KWO queria o conhecimento de Itaipu de gestão ambiental e, em troca, ofereceu à usina o acesso a suas tecnologias.
Uma delas era o carro elétrico, desenvolvido para atender a necessidade de usar um veículo sem emissão de CO2 para percorrer túneis subterrâneos que ligam nove usinas da empresa nos Alpes suíços.
"Na época, fizemos a conta e vimos que o carro elétrico era viável", afirma Celso Novais, engenheiro que entrou no projeto como intérprete na reunião com os suíços - ele tinha na época o melhor inglês do departamento - e hoje é o coordenador do Projeto Veículo Elétrico (VE) de Itaipu.
Sua primeira missão foi encontrar uma montadora disposta a ser parceira do projeto e aplicar o kit elétrico da KWO nos seus carros. Depois de receber diversos "nãos", Itaipu foi procurada pela Fiat em 2006. O interesse da Fiat era buscar soluções para o carro elétrico e esse foi o primeiro projeto do gênero da montadora no mundo.
Com a parceria, o depósito de peças ao lado da usina deu lugar ao Centro de Pesquisa de Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos de Itaipu.
As primeiras atividades da oficina foram adaptar a tecnologia da suíça KWO para viabilizar uma versão elétrica do Palio Weekend. "Itaipu e a KWO entendem de eletricidade e nós de carro. A transferência tecnológica viabilizou o projeto", disse Leonardo Cavaliere, gerente de planejamento e estratégia de veículos elétricos da Fiat.
O carro sai da fábrica da empresa em Minas Gerais e segue para Itaipu, onde recebe o kit elétrico. Ao todo, 200 componentes são diferentes dos usados pelo mesmo modelo a combustão - o principal deles é a bateria de níquel e sódio, que pesa 165 kg e fica no porta-malas do carro.
O Palio Weekend Elétrico ainda é um veículo conceito e, por custar cinco vezes o preço da versão a combustão, é inviável comercialmente. Desde 2006, saíram da oficina apenas 40 unidades do carro da Fiat na versão elétrica - e a maior parte delas compõe a frota da usina. Do ponto de vista técnico, porém, o projeto é vencedor.