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Iraque bloqueia acesso à internet em regiões rebeldes

As regiões do Iraque onde o governo de Bagdá está tentando bloquear totalmente a internet incluem a província de Nínive e a de Anbar, dizem empresas

Internet: proibição segue as que já ocorreram em outros países no Oriente Médio (Getty Images/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 17h04.

Dubai - O governo no Iraque está bloqueando o acesso às redes sociais e sites de notícias em algumas regiões e cortando inteiramente o acesso à internet em outros, numa tentativa de impedir que extremistas sunitas construam apoio público por meio de canais online.

A proibição segue aquelas outras que já ocorreram em outros países no Oriente Médio. O Facebook e o Twitter já ajudaram a amplificar as queixas que levaram à Primavera Árabe, que derrubou três regimes na região e serviu como ferramenta de crítica.

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O Ministério das Comunicações pediu em 15 de junho que prestadores de serviços de internet bloqueassem o Facebook e o Twitter, bem como o WhatsApp, o Instagram e o YouTube, disseram as duas maiores empresas dessa área.

As regiões do Iraque onde o governo de Bagdá está tentando bloquear totalmente a internet incluem a província de Nínive, onde o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) tomou conta de diversas cidades neste mês, e a província de Anbar, onde a luta ocorreu recentemente, de acordo com as empresas IQ Networks e Earthlink Telecommunications.

A internet foi desligada em cinco das 19 províncias do país, informaram as duas empresas. Apesar disso, as três regiões do Curdistão não foram afetadas, relataram.

"Estamos recebendo pedidos quase todos os dias", disse Martin Frank, presidente-executivo da IQ Networks, informando que havia cumprido as solicitações.

Em uma entrevista na televisão na semana passada, Ameer Khudur Al Bayati, oficial do Ministério das Comunicações, disse que a batalha contra insurgentes sunitas era uma "guerra midiática" e que o bloqueio de alguns sites era necessário para defender "o nosso amado Iraque contra este ataque vicioso".

No fim de semana, o governo liderado pelos xiitas pediu aos provedores que ampliassem a lista de sites proibidos com uma série de portais de notícias, incluindo a Al Jazeera e a Al Arabiya.

"Estes sites são claramente usados para tomar partido, assim como qualquer outro meio de comunicação", disse Mohamad Najem, advogado e diretor de políticas em Beirute da Social Media Exchange.

"Eles estão apresentando um cenário diferente do que o governo está dizendo." Fonte: Dow Jones Newswires.

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