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Ipea: 19% dos internautas fazem compras online

Segundo a pesquisa, 12 milhões de brasileiros fizeram compras na rede em 2009

A pesquisa destaca o potencial de crescimento do setor no país (Sxc.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2011 às 15h29.

Brasília - Pesquisa divulgada hoje (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 19% dos usuários da internet fizeram compras pela rede mundial de computadores em 2009, no chamado e-comerce. Dos 63 milhões de internautas brasileiros, quase 12 milhões utilizaram a rede para adquirir produtos ou contratar serviços.

Dados divulgados no ano passado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lembrados pelo Ipea na pesquisa divulgada hoje, apontam potencial de crescimento da produtividade das empresas de e-comerce no Brasil e no México de 260% nos próximos anos. Por isso, o instituto recomenda "a melhora na qualificação dos trabalhadores através da implementação de políticas públicas, inclusive na área da tecnologia da informação".

Segundo o Ipea, apesar da potencialidade que pode ser explorada, o comércio varejista online vem apresentou elevada taxa de crescimento no período de 2003 a 2008. A receita com as vendas via internet cresceu de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 5,9 bilhões em 2008, uma ampliação de 145%. Em 2003, a internet foi usada como meio para compras em 1.305 canais de venda no Brasil, número que subiu para 4.818 em 2008 (crescimento de 269%). A pesquisa não incluiu as compras feitas em lojas virtuais do exterior, computando apenas os negócios envolvendo empresas instaladas no país.

Em 2009, nas áreas urbanas, compraram produtos e contrataram serviços pela internet 20% dos usuários de computadores. Na área rural, esse percentual foi apenas 9%. No total, a proporção de homens que fazem compras pelo computador foi de 22% dos usuários, enquanto a de mulheres atingiu 17%.

De acordo com a pesquisa, o perfil predominante dos consumidores internautas é de pessoas com maior grau de escolaridade, com renda acima da média nacional e na faixa etária entre 25 e 59 anos de idade.

Com a pesquisa, o Ipea tenta explicar porque considera baixo o número de empresas nacionais que vendem pela internet. As 4.818 que mantiveram canais de venda virtual em 2009 representaram apenas 0,4% do total de varejistas do país e a receita com negócios via rede ficou 1% inferior à receita total do comércio varejista brasileiro. Segundo análise do instituto, "a taxa de crescimento foi elevada a partir de 2003, mas a base ainda é pequena em relação ao total do setor".

Das quase 5 mil empresas comerciais que vendem pela internet, cerca de mil tem menos de 20 empregados. As vendas, em volume, são maiores nas áreas de joias, bijouterias, metais preciosos, artigos funerários, animais vivos, construção civil e produtos eletrônicos.

Os negócios malsucedidos feitos pela internet não foram alvo da pesquisa, que apenas detectou a existência de transtornos por deficiência de tecnologia ou despreparo dos internautas novatos, que não conhecem ou usam mecanismos de proteção adequados nos computadores, como programas antivirus. Outra constatação foi a deficiência de qualificação na área da tecnologia de informação (T&I) das empresas, que foi apontada como "um gargalo para o desenvolvimento tecnológico e setorial", segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Luis Claudio Kubota.

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Brasília - Pesquisa divulgada hoje (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 19% dos usuários da internet fizeram compras pela rede mundial de computadores em 2009, no chamado e-comerce. Dos 63 milhões de internautas brasileiros, quase 12 milhões utilizaram a rede para adquirir produtos ou contratar serviços.

Dados divulgados no ano passado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lembrados pelo Ipea na pesquisa divulgada hoje, apontam potencial de crescimento da produtividade das empresas de e-comerce no Brasil e no México de 260% nos próximos anos. Por isso, o instituto recomenda "a melhora na qualificação dos trabalhadores através da implementação de políticas públicas, inclusive na área da tecnologia da informação".

Segundo o Ipea, apesar da potencialidade que pode ser explorada, o comércio varejista online vem apresentou elevada taxa de crescimento no período de 2003 a 2008. A receita com as vendas via internet cresceu de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 5,9 bilhões em 2008, uma ampliação de 145%. Em 2003, a internet foi usada como meio para compras em 1.305 canais de venda no Brasil, número que subiu para 4.818 em 2008 (crescimento de 269%). A pesquisa não incluiu as compras feitas em lojas virtuais do exterior, computando apenas os negócios envolvendo empresas instaladas no país.

Em 2009, nas áreas urbanas, compraram produtos e contrataram serviços pela internet 20% dos usuários de computadores. Na área rural, esse percentual foi apenas 9%. No total, a proporção de homens que fazem compras pelo computador foi de 22% dos usuários, enquanto a de mulheres atingiu 17%.

De acordo com a pesquisa, o perfil predominante dos consumidores internautas é de pessoas com maior grau de escolaridade, com renda acima da média nacional e na faixa etária entre 25 e 59 anos de idade.

Com a pesquisa, o Ipea tenta explicar porque considera baixo o número de empresas nacionais que vendem pela internet. As 4.818 que mantiveram canais de venda virtual em 2009 representaram apenas 0,4% do total de varejistas do país e a receita com negócios via rede ficou 1% inferior à receita total do comércio varejista brasileiro. Segundo análise do instituto, "a taxa de crescimento foi elevada a partir de 2003, mas a base ainda é pequena em relação ao total do setor".

Das quase 5 mil empresas comerciais que vendem pela internet, cerca de mil tem menos de 20 empregados. As vendas, em volume, são maiores nas áreas de joias, bijouterias, metais preciosos, artigos funerários, animais vivos, construção civil e produtos eletrônicos.

Os negócios malsucedidos feitos pela internet não foram alvo da pesquisa, que apenas detectou a existência de transtornos por deficiência de tecnologia ou despreparo dos internautas novatos, que não conhecem ou usam mecanismos de proteção adequados nos computadores, como programas antivirus. Outra constatação foi a deficiência de qualificação na área da tecnologia de informação (T&I) das empresas, que foi apontada como "um gargalo para o desenvolvimento tecnológico e setorial", segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Luis Claudio Kubota.

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