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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h18.
Investigações promovidas pela própria HP e por autoridades policiais da Califórnia revelam que o caso de espionagem contra diretores da empresa e jornalistas de TI afetou mais pessoas do que o divulgado anteriormente.
As investigações também revelam que os espiões contratados tentaram instalar códigos maliciosos nos computadores dos investigados, a fim de monitorar com quem eles trocavam e-mails. Anteriormente, as acusações limitavam-se à escuta de gravações telefônicas.
Outro fator novo é que a ordem para que investigações ilegais fossem realizadas pode ter recebido o consentimento de mais executivos da companhia, além da ex-presidente do grupo, Patricia Dunn. Patricia perdeu o cargo este mês, em função do escândalo.
As investigações indicam que, além de membros da direção da HP, outros dois funcionários da empresa sem cargo de direção tiveram suas ligações ouvidas ilegalmente. Nove jornalistas foram espionados.
Alegam ter sido ilegalmente investigados jornalistas dos jornais The Wall Street Journal e The New York Times, além de membros da redação do site de tecnologia Cnet News.com.
De acordo com o The New York Times, jornalistas da Cnet receberam códigos maliciosos que monitorariam seus e-mails. O spyware, no entanto, não foi instalado pelas vítimas, o que evitou que este método fosse usado nas investigações ilegais.
As autoridades americanas querem apurar quando começou e quando cessaram as investigações ilegais. A informação é importante para determinar quais membros da atual direção da HP participaram da ação.
Mark Hurd, que substituiu Patricia Dunn nas funções de presidente do grupo, recebeu um relatório sobre o andamento das investigações ilegais em março deste ano. Se a escuta de telefonemas e outras formas de espionagem aconteceram após esta data, isto pode indicar que Hurd estava envolvido na operação.