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Investidor pioneiro do Facebook volta-se para o Brasil

Kevin Efrusy, sócio da Accel que liderou o investimento inicial de US$ 12,7 milhões na rede social em 2005, realizou vários novos investimentos no Brasil ao longo de 2011

Efrusy é talvez o mais ambicioso de um crescente número de empreendedores dos Estados Unidos vendo oportunidades num país com grande população (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Efrusy é talvez o mais ambicioso de um crescente número de empreendedores dos Estados Unidos vendo oportunidades num país com grande população (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 16h58.

São Francisco/São Paulo - Um dos primeiros investidores do Facebook voltou suas atenções para um mercado menor, mas inspirador: o Brasil.

Kevin Efrusy, sócio da Accel que liderou o investimento inicial de 12,7 milhões de dólares no Facebook em 2005, realizou vários novos investimentos no Brasil ao longo no ano passado.

Efrusy, que se recusou a ser entrevistado para esta matéria, é talvez o mais ambicioso de um crescente número de empreendedores dos Estados Unidos vendo oportunidades num país com grande população, classe média crescendo aceleradamente grande potencial de crescimento e estabilidade política.

A Redpoint Ventures e o BV Capital criaram uma empresa sediada em São Paulo, a Redpoint eVentures, mais cedo neste ano. A Benchmark Capital e a General Atlantic investiram no Peixe Urbano, site de ofertas ao estilo Groupon. A Insight Venture investiu em várias empresas brasileiras, incluindo o site de desconto em viagens Hotel Urbano e, junto à Accel, no site de vendas de artesanatos Elo7.

"O investimento em capital de risco é um mercado nascente no Brasil, e a tendência é que ele salte rapidamente de milhões para bilhões", disse o administrador da Atomico, um fundo de investimentos criado pelo co-fundador do Skype Niklas Zennstrom, Haroldo Korte.

Ainda há vários obstáculos. A economia brasileira quase não tem crescido em trimestres recentes, e negócios nascentes têm de lidar com altos impostos, acesso relativamente limitado a financiamento e ausência de programas organizados para fomentar o empreendedorismo. Empreendedores com aspirações regionais precisam trabalhar em espanhol, além do português.

Há muitas barreiras culturais, também. O fracasso carrega um estigma maior no Brasil do que nos EUA, fazendo com que os empreendedores sejam menos agressivos, disse um dos sócios do Arpex Capital em São Paulo, Ted Rogers. A comunidade de engenheiros, desenvolvedores e empreendedores experientes também é pequena, embora talvez esteja crescendo.

E o Brasil ainda não experimentou uma saída de grandes proporções a partir de capital de investimentos por meio da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) ou de uma venda. Talvez o mais próximo disso no setor tenha sido a venda do Buscapé em 2009, site de comparação de preços, à empresa sul-africana Naspers por 340 milhões de dólares.

Mas investidores esperam que o crescente mercado de consumo no Brasil possa produzir bons negócios em breve. Brasileiros já gastam cerca de 10 bilhões de dólares por ano online, e investidores acreditam que há bastante espaço para crescimento: apenas 40 por cento da população tem acesso à internet, comparado ao dobro nos Estados Unidos.

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