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“Internet das coisas” pode movimentar US$ 14,4 tri até 2022

Um estudo da Cisco aponta que a chamada “internet de todas as coisas” tem valor econômico potencial de 14,4 trilhões de dólares ao longo da próxima década

A Cisco prevê que, no final desta década, haverá 50 bilhões de coisas conectadas à internet (Cawi2001 / Wikimedia Commons)

Maurício Grego

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 18h49.

São Paulo — Não há dúvida de que o número de dispositivos ligados à internet vai continuar aumentando velozmente. Mas, aonde vamos chegar com isso? Um estudo da Cisco prevê que a “internet de todas as coisas” (IoE na sigla em inglês) terá um valor econômico de 14,4 trilhões de dólares em uma década.

Essa conta considera os efeitos nas empresas privadas do mundo inteiro à medida que máquinas e pessoas se tornam conectadas pela internet. São conexões de três tipos: máquina a máquina (M2M), pessoa a pessoa (P2P), e máquina a pessoa (P2M ou M2P). Obviamente, as pessoas em questão estarão conectadas por meio de dispositivos como smartphones , tablets e computadores.

Na análise da Cisco, o maior valor econômico (45% do total) está nas conexões M2M. Elas vão permitir a construção de fábricas inteligentes, a economia de energia via smart grids e a montagem de uma variedade de sistemas de controle e troca automática de informações.

A empresa calcula que, em 2000, havia 200 milhões de equipamentos conectados à internet. Era um momento de transição, em que a computação fixa atingia a maturidade e a era da mobilidade começava. Com os dispositivos móveis, chegamos a 10 bilhões de coisas conectadas.

Agora, na visão da Cisco, estamos em outra transição, da era da mobilidade para a IoE. Em 2020, serão 50 bilhões de coisas conectadas. Um dos requisitos técnicos para isso é a mudança do sistema de endereçamento da internet, do IPv4 para o IPv6. No momento, esses dois sistemas convivem na rede.


O IPv6 cria endereços suficientes para que cada  estrela conhecida do universo tenha 4,8 trilhões de coisas conectadas. Logo, não vão faltar endereços. A Cisco prevê que, com a miniaturização, muitas das coisas conectadas serão tão pequenas que nem serão notadas.

Para chegar ao valor de 14,4 trilhões de dólares, a empresa somou vários itens que, segundo suas previsões, correspondem a ganhos ou reduções de despesas que as empresas poderão obter com a hiperconexão. 2,5 trilhões de dólares correspondem a reduções de custo operacional trazidas pela automatização de processos.

O aumento na produtividade dos empregados trará outros 2,5 trilhões de dólares de ganho. Mais 2,7 trilhões correspondem aos melhoramentos previstos na cadeia de  suprimentos e na logística. A inovação e a entrega mais rápida de novos produtos ao mercado pode trazer mais 3 trilhões de dólares.

Por fim, a Cisco diz que a hiperconexão vai melhorar a experiência dos clientes, o que pode significar um ganho de 3,7 trilhões de dólares para as empresas que aproveitarem as oportunidades criadas por isso.

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São Paulo — Não há dúvida de que o número de dispositivos ligados à internet vai continuar aumentando velozmente. Mas, aonde vamos chegar com isso? Um estudo da Cisco prevê que a “internet de todas as coisas” (IoE na sigla em inglês) terá um valor econômico de 14,4 trilhões de dólares em uma década.

Essa conta considera os efeitos nas empresas privadas do mundo inteiro à medida que máquinas e pessoas se tornam conectadas pela internet. São conexões de três tipos: máquina a máquina (M2M), pessoa a pessoa (P2P), e máquina a pessoa (P2M ou M2P). Obviamente, as pessoas em questão estarão conectadas por meio de dispositivos como smartphones , tablets e computadores.

Na análise da Cisco, o maior valor econômico (45% do total) está nas conexões M2M. Elas vão permitir a construção de fábricas inteligentes, a economia de energia via smart grids e a montagem de uma variedade de sistemas de controle e troca automática de informações.

A empresa calcula que, em 2000, havia 200 milhões de equipamentos conectados à internet. Era um momento de transição, em que a computação fixa atingia a maturidade e a era da mobilidade começava. Com os dispositivos móveis, chegamos a 10 bilhões de coisas conectadas.

Agora, na visão da Cisco, estamos em outra transição, da era da mobilidade para a IoE. Em 2020, serão 50 bilhões de coisas conectadas. Um dos requisitos técnicos para isso é a mudança do sistema de endereçamento da internet, do IPv4 para o IPv6. No momento, esses dois sistemas convivem na rede.


O IPv6 cria endereços suficientes para que cada  estrela conhecida do universo tenha 4,8 trilhões de coisas conectadas. Logo, não vão faltar endereços. A Cisco prevê que, com a miniaturização, muitas das coisas conectadas serão tão pequenas que nem serão notadas.

Para chegar ao valor de 14,4 trilhões de dólares, a empresa somou vários itens que, segundo suas previsões, correspondem a ganhos ou reduções de despesas que as empresas poderão obter com a hiperconexão. 2,5 trilhões de dólares correspondem a reduções de custo operacional trazidas pela automatização de processos.

O aumento na produtividade dos empregados trará outros 2,5 trilhões de dólares de ganho. Mais 2,7 trilhões correspondem aos melhoramentos previstos na cadeia de  suprimentos e na logística. A inovação e a entrega mais rápida de novos produtos ao mercado pode trazer mais 3 trilhões de dólares.

Por fim, a Cisco diz que a hiperconexão vai melhorar a experiência dos clientes, o que pode significar um ganho de 3,7 trilhões de dólares para as empresas que aproveitarem as oportunidades criadas por isso.

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