Tecnologia

Internet 4G deve reduzir preço do 3G, diz ministro

"O 4G vai ser mais caro, mas vai baixar o preço do 3G, porque vai cair a demanda e vai baratear essa tecnologia", afirmou Paulo Bernardo

"As empresas podem começar a oferecer o serviço antes e é bem possível que façam. Pelo menos nos grandes centros vai haver muita demanda porque o mercado está bom", disse o ministro (Prolineserver/Wikimedia Commons)

"As empresas podem começar a oferecer o serviço antes e é bem possível que façam. Pelo menos nos grandes centros vai haver muita demanda porque o mercado está bom", disse o ministro (Prolineserver/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 12h41.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta sexta-feira que a implantação da internet sem fio de quarta geração (4G) no País deve contribuir para reduzir o preço do serviço 3G. A avaliação é de que o preço do 4G poderá, dessa forma, ficar próximo do que é cobrado hoje na tecnologia 3G.

"O preço do 4G não poderá ser muito diferente do que é hoje o 3G. O 4G vai ser mais caro, mas vai baixar o preço do 3G, porque vai cair a demanda e vai baratear essa tecnologia", afirmou Bernardo.

O leilão será realizado em junho e a implantação do serviço tem de começar em maio do ano que vem nas cidades onde haverá Copa das Confederações. O compromisso das empresas é levar o serviço a todas as cidades até o final de 2019, mas o governo acredita em antecipação desse prazo.

"As empresas podem começar a oferecer o serviço antes e é bem possível que façam. Pelo menos nos grandes centros vai haver muita demanda porque o mercado está bom", disse o ministro.

Deve contribuir para isso, segundo o ministro, a desoneração dos smartphones, que vai baratear esses equipamentos. "Conversei com a presidente Dilma Rousseff e ela deu sinal positivo (para a desoneração). Só pediu que conversasse com a Fazenda", afirmou, acrescentando que a expectativa é de que a medida saia ainda neste ano. Hoje, um em cada cinco celulares vendidos é compatível com acesso à internet. O governo quer chegar a quatro em cada cinco em 2014, disse o ministro.

O ministro também acredita que a disputa no leilão será intensa. Se todos os lotes forem vendidos, o governo deve arrecadar pelo menos R$ 3,8 bilhões, segundo o ministro.

"Vai ser uma disputa de tapas para ganhar. Quem está preocupado com o Dia dos Namorados é melhor comemorar no dia 11. O dia 12 será de intensa disputa", disse Bernardo.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse que a expectativa é de que haja competição, mesmo na banda larga rural. Nesse caso, a disputa será pelo menor preço da cesta de serviços. O teto da cesta será de R$ 63,00 sem impostos.

A cesta inclui valor de R$ 0,316 por minuto para voz no pré-pago, R$ 30,6 por mês para voz pós-paga com franquia de 100 minutos; R$ 32,59465 para franquia de dados e R$ 0,25134 por minuto que a concessionária vai pagar à empresa que implantar a rede.

As garantias para participação do leilão somam R$ 830.624.777,00 para todas as faixas que serão licitadas. A Anatel divulgou também o valor das garantias referentes aos compromissos assumidos pelos vencedores, que serão depositadas somente após assinatura do contrato. O valor total é de R$ 16.071.213.569,00. Bernardo e Rezende não quiseram falar sobre a expectativa de ágio.

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