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Intel perde liderança em chips móveis para Arm após recusar proposta da Apple para o iPhone

Ao recusar parceria com Apple para criar o primeiro iPhone, Intel abriu espaço para Arm dominar o setor de chips móveis

Masayoshi Son: CEO da Softbank, que controla a Arm (Kiyoshi Ota/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 09h32.

Há quase 20 anos, a Intel rejeitou uma oferta da Apple para fornecer processadores ao iPhone. A decisão cedeu à Arm um monopólio no mercado de chips móveis, que hoje movimenta US$ 500 bilhões, duas vezes o valor da indústria de PCs.

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Arm expandiu essa liderança com tecnologias de baixo consumo energético, competindo agora em centros de dados para IA, um setor de crescimento acelerado.

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Com investimentos em IA, empresas como Nvidia aumentaram a demanda por chips da Arm em datacenters. Arm, que se beneficia da eficiência energética de seus chips, agora colabora com a Nvidia para integrar CPUs baseadas em Arm ao lado dos chips de IA da Nvidia nos datacenters de empresas como Microsoft e OpenAI.

Atualmente, a Arm está avaliada em US$ 157 bilhões, superando a Intel, enquanto seu modelo de licença de design sustenta grande parte do mercado de smartphones e dispositivos móveis.

No entanto, uma nova direção emerge: o CEO da SoftBank, Masayoshi Son, controla 90% das ações da Arm e vislumbra a criação de chips próprios para datacenters de IA, o que colocaria a Arm em competição direta com a Nvidia e poderia alterar o modelo de negócios baseado em licenciamento.

Segundo o Financial Times, Son planeja estabelecer uma rede de datacenters utilizando chips Arm para impulsionar modelos de IA, embora essa estratégia tenha alarmado alguns parceiros e acionistas da Arm, que temem um conflito de interesses.

Mesmo assim, o CEO da Arm, Rene Haas, permanece confiante. Para ele, o crescimento da IA aumentará a demanda por processadores mais poderosos, ea Arm planeja expandir seu papel no setor, do smartphone aos datacenters.

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