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Instagram revela privilégios de presidente da Câmara

Parlamentar Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) usou um avião da Força Aérea Brasileira para levar parentes e amigos ao Rio de Janeiro

O cunhado do deputado aparece ao lado de sua esposa, Larissa: voo foi pago com dinheiro da FAB (Reprodução/Instagram)

O cunhado do deputado aparece ao lado de sua esposa, Larissa: voo foi pago com dinheiro da FAB (Reprodução/Instagram)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 10h16.

São Paulo - As mesmas redes sociais que articularam os protestos dos brasileiros contra a corrupção no último mês, registraram um deslize cometido pelo presidente da Câmara dos Deputados.

O parlamentar Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar parentes e amigos ao Rio de Janeiro, no último final de semana. O grupo foi assistir à final da Copa das Confederações e utilizou as redes sociais para registrar o momento.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, um jato C-99 da FAB saiu sexta-feira de Natal, Rio Grande do Norte, em direção ao Rio de Janeiro. No avião, estavam sete parentes do deputado: seu filho e sua noiva Laurita Arruda e mais cinco parentes de Laurita. No voo de volta, no domingo, um amigo de Laurita também pegou carona no avião.

Após a partida, familiares e amigos do deputado postaram fotos do jogo no Instagram, comemorando o resultado. O próprio presidente da Câmara escreveu no Twitter: "BRASIL, seleção nota 10! E a torcida tb, nota 10! O campeão voltou!".

Segundo o Decreto nº 4244/2002, aviões da FAB podem ser utilizados por autoridades apenas quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagem a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente".

Na agenda de Henrique Eduardo Alves, não estavam previstos compromissos oficiais no fim de semana. A assessoria do deputado afirmou que ele utilizou o avião para encontrar o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB-RJ), no sábado. Na mesma nota, o presidente da Câmara admite que a concessão da carona para os familiares foi um "equívoco".

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