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Indústria brasileira de games retoma crescimento

Rio de Janeiro - O Programa Nacional de Software para Exportação (Softex) está coletando dados nas empresas nacionais de jogos eletrônicos, para traçar um retrato do setor no Brasil. O vice-presidente de Relações Públicas da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), André Penha, disse na segunda-feira (5/3) à Agência Brasil que a indústria […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Rio de Janeiro - O Programa Nacional de Software para Exportação (Softex) está coletando dados nas empresas nacionais de jogos eletrônicos, para traçar um retrato do setor no Brasil.

O vice-presidente de Relações Públicas da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), André Penha, disse na segunda-feira (5/3) à Agência Brasil que a indústria de games, por sua característica exportadora, foi muito prejudicada pela crise financeira internacional.

"Os estúdios brasileiros tiveram dificuldades para vender fora do país. O setor foi muito prejudicado pela crise e agora está retomando", afirmou Penha. Por conta da crise mundial, o setor não registrou crescimento em 2009 em relação ao ano anterior.

Em 2008, houve expansão de 31% na área de software (programas de computador) e 8% na parte de hardware (parte física do computador e seus periféricos).

"Algumas empresas abriram, outras fecharam, infelizmente. Mas, na média, o número se manteve". Em 2008, 42 empresas eram filiadas à Abragames.

A participação do Brasil no mercado mundial de jogos eletrônicos ainda é pequena, 0,2% do total. Internamente, o setor enfrenta a concorrência dos produtos pirateados.

"Quando a gente conseguir eliminar o produto falsificado ou deixá-lo inviável tecnologicamente, muda de patamar."


Segundo Penha, o principal esforço para o crescimento do setor é fortalecer o mercado interno. Ele disse que, sem isso, é difícil "engatinhar para depois aprender a andar e correr".

"A gente está crescendo com os passos invertidos. Toda indústria cresce em desenvolvimento de tecnologia, vendendo no mercado interno e depois exportando. A indústria de jogos fez os passos um e três e pulou o dois. Isso não é o mais saudável e dificulta bastante o crescimento da indústria local."

Penha acredita que algumas ações empreendidas com apoio do governo federal devem contribuir para melhorar os números do setor, a médio e longo prazos. Uma dessas ações é o BRGames, programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, destinado a fomentar o desenvolvimento da indústria de jogos eletrônicos, sua participação no exterior e a criação de mercado doméstico.

Metade da produção nacional de jogos eletrônicos é exportada, principalmente para os Estados Unidos e a União Europeia.

No fim deste ano realiza-se no Rio de Janeiro o Brasil Game Show. Atualmente, existem no país cerca de 40 milhões de usuários desses jogos nas mais diversas plataformas. De acordo com os organizadores do evento, o mercado mundial de jogos eletrônicos está em expansão e a perspectiva de faturamento em 2013 é de US$ 73,5 bilhões.

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