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Hotline: Facebook cria aplicativo que mistura Clubhouse com Instagram Live

Novo aplicativo ainda não está disponível no Brasil, mas promete competição com seus recursos de vídeo e gravação

Hotline: novo aplicativo do Facebook mistura Clubhouse com Instagram Live (Hotline/Reprodução)

Hotline: novo aplicativo do Facebook mistura Clubhouse com Instagram Live (Hotline/Reprodução)

LP

Laura Pancini

Publicado em 8 de abril de 2021 às 11h31.

Mark Zuckerberg não pretende deixar o Clubhouse competir sozinho. O Facebook está testando o Hotline, um novo aplicativo semelhante à plataforma de áudio que bombou no início de 2021.

Enquanto o Clubhouse é restrito ao áudio, a novidade de Zuckerberg permite que pessoas usem áudio e vídeo para conversar com o público ao criar salas de bate-papo, como no Instagram Live. As conversas podem ser agendadas e todas têm um recurso para perguntas e respostas (Q&A).

É possível também gravar o vídeo e o áudio, outra funcionalidade que não está no Clubhouse, que ficam disponíveis depois como dois arquivos em mp3 e mp4 para serem baixados. Por enquanto, não há limite para o tamanho do público em cada sala.

Ainda em fase beta e sem versão para dispositivos móveis, o Hotline pode ser acessado por meio de seu site (ainda não disponível no Brasil). Para criar uma conta, é preciso fazer login por meio do seu Twitter, e não pelo Facebook, e deixar seu nome em uma lista de espera.

O projeto está sendo liderado por Erik Hazzard, que começou a trabalhar para o Facebook em 2017 após vender seu aplicativo "tbh" para a gigante de tecnologia. A primeira transmissão ao vivo no Hotline foi testada na última quarta-feira (07) com o investidor imobiliário Nick Huber, em uma conversa sobre finanças no setor imobiliário.

O Clubhouse se tornou o novo aplicativo do momento no início de 2021. A rede social com foco na voz, disponível apenas para iOS e através de convites, recebeu 13 milhões de instalações em fevereiro e março, de acordo com dados do SensorTower. Nela, usuários entram em salas de bate-papo que cabem até 5.000 pessoas para discutir tópicos de mesmo interesse.

No fim de 2020, o aplicativo foi avaliado em 100 milhões de dólares, muito antes da participação de Elon Musk em um chat fazer com que o aplicativo começasse a bombar do dia para a noite. Agora, o Clubhouse está em negociações para levantar fundos de investidores em uma rodada que avalia o negócio em cerca de 4 bilhões de dólares, de acordo com informações da Bloomberg.

Em fevereiro, o Twitter divulgou o Spaces, funcionalidade que permite que um grupo de até 10 pessoas se reúna para debater um assunto diante de uma audiência. Na época, o Instagram anunciou que seu recurso de lives poderia adicionar até três outros convidados. Antes, só mais um convidado tinha acesso.

As cópias e semelhanças dos gigantes de tecnologia são uma forma de se manter no topo do mercado de aplicativos. “É uma lógica de mercado. Essas plataformas estão, sim, tentando inovar, mas elas usam seu poder para engolir a inovação de novos concorrentes. Os de fora precisam achar alguma coisa muito difícil de copiar para se destacar”, disse Victor Barcellos, especialista de Comunicação Digital da ITS-Rio em entrevista à EXAME. “Elas têm uma tendência ao monopólio, porque competem por número de usuários e atenção.”

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