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Homens ainda superam as mulheres no acesso à internet

De acordo com o estudo do IBGE, o atraso na escolarização e na inserção das mulheres no mercado de trabalho interfere no acesso delas à internet


	Mulher usa internet: o estudo revela que as mulheres acessam mais a internet que os homens, até a faixa etária entre 30 e 39 anos
 (AFP/ Matt Inman)

Mulher usa internet: o estudo revela que as mulheres acessam mais a internet que os homens, até a faixa etária entre 30 e 39 anos (AFP/ Matt Inman)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 11h26.

Rio de Janeiro – Desde 2005, o acesso à internet por mulheres vem aumentando em ritmo mais acelerado que o acesso por homens. Apesar disso, o número de internautas do sexo masculino (46,9%) ainda é um pouco maior que o número de internautas do sexo feminino (46,1%).

Os dados foram divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da publicação sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, que tem por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2011.

O estudo revela que as mulheres acessam mais a internet que os homens, até a faixa etária entre 30 e 39 anos. A partir dos 40 anos, o percentual de internautas do sexo masculino supera o percentual de internautas mulheres, conforme tabela abaixo:

  Homens Mulheres
10 a 19 anos 66,6% 70,2%
20 a 29 anos 62.1% 64,4%
30 e 39 anos 50,1% 52,2%
40 e 49 anos 39,1% 39%
50 e 59 anos 28,1% 26,1%
60 a 69 anos 12,8% 9,1%
Total 46,9% 46,1%

Moradora do Rio de Janeiro, a faxineira Tereza Cristina Jorge de Oliveira, 33 anos, nunca acessou a internet e diz não ter curiosidade pelo mundo virtual. “Não sei se é porque não tenho computador, mas não tenho muito interesse. Vou comprar um computador para minha irmã de 13 anos para ela fazer pesquisas escolares”, contou.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, o atraso na escolarização e na inserção das mulheres no mercado de trabalho interfere no acesso delas à internet. Embora seja um ponto fora da curva da pesquisa, Tereza faz parte de uma parcela significativa da população feminina ainda excluída digitalmente.

Na opinião de Azeredo, no entanto, essa exclusão deve durar pouco tempo.“Temos agora pelo menos umas três faixas etárias em que as mulheres já tomaram conta. Essa supremacia das mulheres em relação à inclusão digital está se resolvendo aos poucos”, comentou.

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