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Homem biônico Franck dá primeiros passos em Instituto Smitshonian, nos EUA

Franck é a 'estrela' do documentário que o Smithsonian Channel exibirá no próximo domingo, intitulado 'The Incredible Bionic Man'

Homem biônico
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 17h51.

O Instituto Smithsonian de Washington apresentou nesta quinta-feira o homem biônico Franck, construído com órgãos e extremidades artificiais e que é capaz de falar, caminhar, respirar, ver, escutar e, além disso, tem um coração mecânico que circula sangue artificial por suas veias de plástico.

Franck é a "estrela" do documentário que o Smithsonian Channel exibirá no próximo domingo, intitulado "The Incredible Bionic Man" ("O Incrível Homem Biônico"), no qual se repassam os últimos avanços da tecnologia médico-biônica e são abordados os debates éticos que se colocam, explicou a Agência Efe seu apresentador, Bertolt Meyer.

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Além disso, o homem biônico, resultado da junção de todas as partes do corpo humano biônicas que existem hoje em dia e que foram desenvolvidas por diferentes equipes de pesquisadores, será exposta ao público no Museu Nacional do Ar e do Espaço de Washington até dezembro.

"Este homem pode fazer muitas coisas, mas ainda há muitas limitações", disse Meyer.

Franck tem uma câmera de vídeo e implantes que o permitem ver e escutar através de um aparelho, dispõe de um coração artificial (que alguns pacientes já utilizam) que bombeia um protótipo de sangue ainda experimental, assim como de um pulmão (por onde chegar o ar vindo de uma traqueia de plástico), um rim e um pâncreas artificiais.

Também caminha, porque tem próteses de quadris, joelhos, tornozelos e pés, pode pegar objetos graças as suas mãos biônicas e está conectado a um programa que o permite falar.

No entanto, Franck é um "homem" incompleto: ainda lhe faltam o cérebro e o fígado, e também não tem estômago, por isso não pode comer.

"Não pode fazer muito porque falta um corpo central em que todos os aparatos interajam todos os aparatos", detalhou Meyer, para quem o desafio da biônica nos próximos anos é "melhorar a inter-relação entre os órgãos artificiais e o corpo humano".

Mas Meyer destacou que este homem biônico incorpora um "exoesqueleto robótico, que pode ser a cadeira de rodas do futuro para quem precisa poder recuperar a capacidade de andar".

Para Meyer, "o mais importante deste projeto é ter ajudado a ciência que existe por trás dele".

"Os diferentes cientistas que tinham projetado os órgãos artificiais não se conheciam antes que o programa os integrasse. Agora os que trabalharam no pâncreas conheceram os que desenharam a traqueia e vão utilizar a membrana desta para reduzir os vazamentos no pâncreas", explicou.

Meyer também disse que o documentário protagonizado Franck reflete sobre as implicações éticas dos descobrimentos da tecnologia biônica. "As pessoas substituiriam os órgãos naturais saudáveis por outros artificiais se fossem melhores?", se perguntou.

Por enquanto, o homem biônico não pode pensar e Meyer vaticinou que demorará a fazê-lo: "não há nada que se assemelhe a um cérebro artificial e não haverá durante muito tempo".

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