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Hispasat já conta com 5.500 clientes de internet banda larga na AL

Empresa espanhola foi a primeira a colocar em órbita satélite com capacidade para oferecer acesso à internet em alta velocidade pela banda Ka na América Latina

hispasat (EFE)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 17h16.

A empresa espanhola Hispasat, operadora que colocou em órbita em 2013 o primeiro satélite com capacidade para oferecer acesso à internet em alta velocidade pela banda Ka na América Latina, já conta com cerca de 5.500 clientes deste serviço na região, informou nesta sexta-feira sua presidente, Elena Pisonero.

"Em poucos meses, já que o serviço começou a ser oferecido em janeiro deste ano, conseguimos 3.000 clientes no Peru e no Chile, onde o mercado se desenvolveu muito rápido, e cerca de 2.500 no Brasil, onde foi mais lento", afirmou à Agência Efe a executiva.

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O acesso à internet banda larga por satélite através da banda Ka do satélite Amazonas 3 da Hispasat começará a ser oferecido na Colômbia nas próximas semanas, e na Argentina e no México antes do fim do ano, segundo Elena, que participou hoje no Rio de Janeiro do Congresso Latino-americano de Satélites 2014. O Amazonas 3, lançado no ano passado, oferece telecomunicações em nove feixes da banda Ka, que é propicia para internet banda larga de alta velocidade e para serviços interativos e aplicativos multimídia.

Por sua capacidade para transmitir um maior número de dados e por poder ser recebida em antenas muito menores, a banda Ka é ideal para o segmento residencial e para oferecer internet em áreas remotas ou de difícil acesso.

Suas possibilidades permitem à Hispasat oferecer a universalização do acesso à internet por banda larga em toda a América Latina, já que qualquer região, por mais remota que seja, poderá se conectar à rede mundial de computadores.

Segundo Elena, enquanto os clientes em Peru e Chile são principalmente empresas interessadas em contar com redes próprias de telecomunicações, no Brasil, com quase 70%, o serviço foi contratado pelo segmento residencial.

A executiva admite que os custos dos terminais de recepção ainda são altos para poder oferecer o serviço em regiões mais pobres e isoladas, onde a demanda pela internet é maior.

"Mas falamos com os governos para que facilitem a instalação de terminais e para que não se acrescente um custo a uma tecnologia que pretende facilitar e baratear o acesso à internet em lugares distantes", disse.

Elena afirmou também que as negociações com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) buscam reduzir os custos de regulação e os impostos que incidem sobre os receptores.

"Quando os projetos são governamentais é mais fácil. Na Colômbia, por exemplo, o que faremos é oferecer um terminal que possa permitir acesso à internet a toda uma comunidade", comentou.

A executiva destacou que quando a Hispasat anunciou o serviço no ano passado não se sabia se a tecnologia teria condições de se expandir por toda a América Latina e a que velocidade, mas que hoje todas as operadoras se equiparam para oferecer banda Ka na região.

Segundo dados divulgados no Congresso de Satélites pelo vice-presidente de Anatel, Jarbas Valente, o número de transpônderes que oferecem banda Ka apenas no Brasil saltará dos atuais 200 para 1.376 quando todas as operadoras oferecerem os serviços leiloados na licitação de 2011.

O número poderá chegar a cerca de 2.000 quando as empresas puserem em operação o contratado na licitação de 2014.

"Agora o risco é de excesso de capacidade. Como o mercado é muito atrativo, todas as empresas querem oferecer o serviço. Tanta oferta é boa para o mercado por gerar competição, mas exige que as empresas sejam mais eficientes", concluiu Elena.

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