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Hackers chineses atacam site que reúne assinaturas para libertar Ai Weiwei

Ofensiva virtual acontece no momento em que o Change.org atrai diariamente 10 mil novos defensores da libertação, campanha iniciada por museus diversos, inclusive nos EUA

Weiwei e outros ativistas investigaram escolas que desabaram devido à má qualidade dos materiais de construção por culpa dos funcionários públicos chineses (Peter Macdiarmid/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 06h37.

Pequim - O site Change.org, pelo qual os principais museus do mundo reuniram mais de 90 mil assinaturas para pedir a libertação do artista dissidente chinês Ai Weiwei, informou nesta quarta-feira que foi alvo de ataques de hackers chineses.

Em comunicado, os organizadores da campanha asseguraram que os ataques conseguiram paralisar a plataforma de ação quando a campanha para libertar o famoso dissidente, detido sem acusações desde 3 de abril, havia reunido mais de 90 mil assinaturas procedentes de 175 países.

O criador e ativista Ai, famoso por ter participado do projeto do Estádio Olímpico de Pequim ("Ninho do Pássaro") e por sua recente exposição "Sementes de girassol" na galeria londrina Tate Modern, radicalizou sua postura contra o regime chinês após o terremoto de Sichuan, em 2008, quando morreram milhares de crianças pelo desabamento de escolas.

Ai e outros ativistas investigaram a catástrofe por conta própria e descobriram que as escolas desabaram devido à má qualidade dos materiais de construção por culpa da corrupção dos funcionários públicos chineses.

O ataque virtual acontece em momento no qual a plataforma Change.org atrai diariamente 10 mil novos defensores da libertação de Ai, uma campanha iniciada por museus de todo o mundo, como o Guggenhein de Nova York, o Tate Modern de Londres e a Associação de Diretores de Museus de Arte.

Segundo esta fonte, o ataque de negação de serviço contra o site foi supostamente produzido por hackers chineses na segunda-feira e fez com que a página ficasse completamente inacessível em alguns períodos durante as 48 horas posteriores.

A Change.org emitiu um pedido formal de ajuda tanto ao FBI como ao Departamento de Estado americano para a Ásia Pacífico e determinaram a China como origem do ataque.

"Não conhecemos a razão ou a fonte exata destes ataques", explicou em comunicado Ben Rattray, fundador da Change.org.

"Tudo o que sabemos é que depois do êxito sem precedentes da campanha realizada pelos principais museus do mundo para pedir ao Governo chinês a libertação de Ai Weiwei, nos transformamos em vítimas de um ataque altamente sofisticado procedente da China", acrescentou Rattray.

A China assegura que o artista conceitual mais famoso do país está sendo investigado por supostos crimes financeiros, e a imprensa chegou a ventilar outras acusações não confirmadas como bigamia e plágio, embora as fontes oficiais tenham se negado a explicar por que o artista segue detido sem ser apresentada uma ordem de detenção.

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Pequim - O site Change.org, pelo qual os principais museus do mundo reuniram mais de 90 mil assinaturas para pedir a libertação do artista dissidente chinês Ai Weiwei, informou nesta quarta-feira que foi alvo de ataques de hackers chineses.

Em comunicado, os organizadores da campanha asseguraram que os ataques conseguiram paralisar a plataforma de ação quando a campanha para libertar o famoso dissidente, detido sem acusações desde 3 de abril, havia reunido mais de 90 mil assinaturas procedentes de 175 países.

O criador e ativista Ai, famoso por ter participado do projeto do Estádio Olímpico de Pequim ("Ninho do Pássaro") e por sua recente exposição "Sementes de girassol" na galeria londrina Tate Modern, radicalizou sua postura contra o regime chinês após o terremoto de Sichuan, em 2008, quando morreram milhares de crianças pelo desabamento de escolas.

Ai e outros ativistas investigaram a catástrofe por conta própria e descobriram que as escolas desabaram devido à má qualidade dos materiais de construção por culpa da corrupção dos funcionários públicos chineses.

O ataque virtual acontece em momento no qual a plataforma Change.org atrai diariamente 10 mil novos defensores da libertação de Ai, uma campanha iniciada por museus de todo o mundo, como o Guggenhein de Nova York, o Tate Modern de Londres e a Associação de Diretores de Museus de Arte.

Segundo esta fonte, o ataque de negação de serviço contra o site foi supostamente produzido por hackers chineses na segunda-feira e fez com que a página ficasse completamente inacessível em alguns períodos durante as 48 horas posteriores.

A Change.org emitiu um pedido formal de ajuda tanto ao FBI como ao Departamento de Estado americano para a Ásia Pacífico e determinaram a China como origem do ataque.

"Não conhecemos a razão ou a fonte exata destes ataques", explicou em comunicado Ben Rattray, fundador da Change.org.

"Tudo o que sabemos é que depois do êxito sem precedentes da campanha realizada pelos principais museus do mundo para pedir ao Governo chinês a libertação de Ai Weiwei, nos transformamos em vítimas de um ataque altamente sofisticado procedente da China", acrescentou Rattray.

A China assegura que o artista conceitual mais famoso do país está sendo investigado por supostos crimes financeiros, e a imprensa chegou a ventilar outras acusações não confirmadas como bigamia e plágio, embora as fontes oficiais tenham se negado a explicar por que o artista segue detido sem ser apresentada uma ordem de detenção.

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