Google quer lançar livraria virtual até o fim de julho
Empresa diz que livros vendidos pela Google Editions poderão ser lidos em diversos aparelhos
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2010 às 17h04.
San Francisco, EUA - A Google anunciou nesta terça-feira que vai começar a vender livros digitalizados até o final de julho, com o consentimento das editoras e sem esperar que a justiça chegue a uma solução para a questão das obras que caem no domínio público.
Essa livraria virtual, batizada de Google Editions, "não terá preferência de aparelho e será lançada até o final de julho", indicou à AFP Gabriel Stricker, porta-voz da Google.
Este anúncio significa que qualquer aparelho de leitura digital, incluindo o tablet iPad, da Apple, um telefone celular ou um computador, permitirá o acesso a esta livraria virtual, que apresentará livros que as próprias editoras querem que sejam vendidos on-line, segundo a Google.
Desde a Feira do Livro de Frankfurt, em outubro, a empresa vem indicando que pretende lançar este ano o seu serviço Google Editions, com uma oferta de várias centenas de milhares de obras.
Esta oferta concorrerá com a da Amazon, que vende o tablet de leitura Kindle, líder no mercado, que também tem uma livraria virtual, Kindle, enriquecida com mais de 500.000 títulos e acessível também por computador e pelos iPad, iPhone e iPod da Apple.
A própria Apple lançou junto com o iPad, vendido há um mês nos Estados Unidos, o seu serviço iBookstore, que permite a compra dos títulos digitalizados, com o apoio de cinco das seis principais editoras americanas.
Em outubro, a Google havia anunciado que, assim como a Apple, deixaria as editoras fixarem o preço dos livros, e que ficaria com 55% dos lucros, sendo que grande parte seria revertida para as livrarias.
A Google já digitalizou mais de 12 milhões de livros.
Google, editoras e escritores americanos esperam ainda que um juiz nova-iorquino se pronuncie sobre o acordo a que chegaram, que foi anunciado em outubro de 2008.
Este acordo prevê o investimento de 45 milhões de dólares para indenizar autores e editoras, cujas obras teriam sido digitalizadas sem autorização, e a criação de um fundo de 30 milhões de dólares para remunerar aqueles que aceitarem que seus livros sejam digitalizados.