Tecnologia

Google quer abrir páginas instantaneamente em smartphones

Projeto Accelerated Mobile Pages anunciado hoje pelo Google quer diminuir tempo que páginas da web levam para abrir em smartphones


	Smartphone: Google quer diminuir tempo que páginas da web levam para abrir no celular
 (Thinkstock)

Smartphone: Google quer diminuir tempo que páginas da web levam para abrir no celular (Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 11h13.

São Paulo – O Google está anunciando hoje um projeto ambicioso para acelerar a internet. Ele é chamado Accelerated Mobile Pages (AMP), páginas móveis aceleradas, em português. O objetivo é corrigir um dos principais problemas identificados pela empresa dentro da web: o tempo que cada página demora para carregar em um dispositivo móvel.

“A internet já tem mais de 20 anos. Hoje, pensamos que existe uma crise de velocidade e desempenho”, disse Richard Gingras, chefe de notícias e produtos sociais do Google, em entrevista a EXAME.com

O projeto está sendo lançado com organizações de mídia ao redor do mundo. A Editora Abril, que publica EXAME.com, é uma das parceiras iniciais do Google. Folha de S. Paulo e Editora Globo são outras empresas brasileiras participando do projeto.

Grandes nomes da imprensa mundial também estão inicialmente, como The New York Times, The Washington Post, The Guardian, El País e BBC.

O Google define a empreitada como “a criação de páginas na web mais amigáveis para dispositivos móveis”. A ideia é que seja criado um padrão universal que permita que páginas abram no smartphone instantaneamente.

De acordo com o Google, pesquisas mostram que 30% dos usuários abandonam um site se a página levar mais de seis segundos para carregar no smartphone. O projeto AMP tem pilares tecnológicos para que esse tempo caia em, ao menos, 80%.

O Google usará um novo padrão de HTML que se difere pouco da linguagem usada atualmente. Também será possível armazenar páginas pré-carregadas nos servidores do Google – as empresas podem escolher manter o conteúdo em seus próprios servidores também.

As páginas serão simplificadas em relação ao conteúdo original. Por ora, o foco será no essencial: texto, fotos e vídeos (além de banners de anúncios). Essa nova prática, acredita o Google, permitirá que as páginas abram instantaneamente em smartphones e conexões móveis.

Nos próximos meses, o Google espera trabalhar com as empresas para expandir as capacidades das páginas no projeto AMP. A expectativa é que seja possível usar tipos de conteúdo mais sofisticados como mapas, ferramentas de visualização de dados ou plug-ins sociais.

Vale dizer que todo o material é completamente open-source. Tudo será disponibilizado pela empresa no GitHub.

Acelerar a internet

Os grandes nomes da tecnologia elegeram o problema do tempo de carregamento de uma página da internet como foco. Além do Google, Facebook e Apple têm iniciativas dentro dessa área. Cada uma dessas empresas tem um perfil, o que influencia a solução apresentada por elas.

Mais cedo neste ano, o Facebook mostrou o Instant Articles. A argumentação é próxima à usada pelo Google: as páginas demoram muito para carregar e nós temos a solução.

O Facebook desenvolveu um método que permite que páginas de notícias sejam abertas em poucos segundos. O ponto sensível dessa solução é que ela funciona somente dentro do app da rede social – e somente para iPhone, por enquanto.

Para a Apple, algo que dificulta a abertura de uma página na web são as publicidades. A última versão do iOS vem com suporte, pela primeira vez, para bloqueador de anúncios (ou Ad Blockers). O problema aqui é que boa parte do modelo comercial de sites, sejam eles de notícias ou não, depende da receita gerada por anúncios.

Durante a entrevista com Richard Gingras e David Besbris, que é vice-presidente de engenharia dos sistemas de buscas do Google, eles disseram que não existe uma competição. “Enxergamos isso com um perfil de fundação”, disseram.

Acompanhe tudo sobre:AppleEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookGoogleIndústria eletroeletrônicaInternetRedes sociaisSmartphonesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Por que o YouTube está dominando as telas de TV em 2024

GAC Group lança robô humanóide GoMate para revolucionar indústria automotiva

CEO da Salesforce presentou a Apple com 'Apple Store'; entenda a relação de Benioff com Steve Jobs

Bluesky testa recurso de trending topics e promete implementação gradual