Tecnologia

Google pede mais pressão sobre países que censuram Internet

Os comentários do executivo David Drummond marcam o novo tema econômico na campanha da empresa por uma Internet livre

"Do nosso ponto de vista, está mais que na hora de agirmos contra isso", disse Drummond (.)

"Do nosso ponto de vista, está mais que na hora de agirmos contra isso", disse Drummond (.)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 12h02.

Seattle - O vice-presidente jurídico do Google pediu mais pressão sobre governos que censuram a Internet, como China e Turquia, argumentando que o bloqueio do acesso a sites restringe empresas norte-americanas e que seria algo inaceitável no comércio físico.

Os comentários do executivo David Drummond marcam o novo tema econômico na campanha da empresa por uma Internet livre, e podem agravar a já difícil relação da companhia com a China. No começo do ano, o Google ameaçou parar de censurar resultados de buscas no país.

"A censura da Internet é, na verdade, uma barreira comercial, e funciona dessa forma para empresas norte-americanas que queiram fazer negócios no exterior", disse Drummond em reunião pública com o representante de comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, e outros executivos do Google na sede da companhia, na Califórnia.

"Se isso (censura da Internet) estivesse acontecendo no contexto do comércio físico de produtos de consumo, nós todos estaríamos nos manifestando contra a violação básica de acordos comerciais."

Drummond afirmou que um número cada vez maior de países estão censurando a Internet de diversas formas, tanto por razões econômicas quanto políticas. Como exemplo, citou o caso do YouTube, serviço de vídeos do Google, que foi bloqueado em mais de 20 países e foi banido na Turquia por dois anos.

"Do nosso ponto de vista, está mais que na hora de agirmos contra isso", disse Drummond.

"Temos grandes oportunidades agora com novos acordos comerciais para começar a pressionar países a reconhecerem que a liberdade na Internet não é apenas um valor fundamental, mas também que, se você quer fazer parte da comunidade de comércio livre, você precisa encontrar um jeito de permitir uma Internet aberta."

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