Por Danielle Chaves

Pequim - O Google informou que adiou o planejado lançamento de dois telefones celulares na China, que foram fabricados em parceria com a Motorola e a Samsung Electronics. Em um comunicado, a companhia afirmou que os aparelhos estavam previstos para ser apresentados em 20 de janeiro, em conjunto com a operadora de telefonia sem fio China Unicom, de Hong Kong.

A companhia não disse em quanto tempo vai adiar o lançamento nem forneceu outros detalhes. Esse é o mais recente fato decorrente do surpreendente comunicado do Google feito na semana passada, de que havia sofrido ataques de hackers originados na China e que não iria mais obedecer à censura chinesa imposta em seu website, mesmo se isso significasse interromper as operações no país.

Por causa da incerteza sobre o futuro de muitos serviços do Google na China, a companhia sentiu que seria irresponsável se lançasse os aparelhos neste momento, afirmou uma pessoa próxima à situação.

O ministro de Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, afirmou que empresas estrangeiras que operam no país, incluindo o Google, devem respeitar as leis e regulamentações chinesa. A declaração reiterou comentários anteriores do governo chinês, mas mencionou o nome da empresa norte-americana pela primeira vez.

As declarações de Ma são a mais forte indicação de que Pequim não deverá recuar e deixar o Google oferecer resultados sem censura em seu website chinês, o que torna a saída da companhia do país mais provável.

Os telefones celulares que funcionam com o sistema operacional Android, do Google, variam. Alguns têm um software altamente personalizado conforme a especificação dos fabricantes dos aparelhos ou das operadoras de telefonia. Outros, como o Droid, da Motorola, possuem vários aplicativos do Google, como uma ferramenta de busca móvel e o Google Maps. As informações são da Dow Jones.