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Gene resistente ameaça antibióticos "de último recurso"

O novo fenômeno de resistência diz respeito às polimixinas (colistina e polimixina B), antibióticos usados em último caso para superar as bactérias gram

Bactérias: pesquisadores descobriram que a bactéria E. coli encontrada nos porcos continha um novo gene (Bodo Marks/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 09h19.

Um gene que torna algumas bactérias resistentes a uma família de antibióticos conhecidos como "de último recurso" foi descoberto em pacientes e em animais na China - de acordo com pesquisadores que pedem que se restrinja o uso desses remédios na Medicina Veterinária.

"Nossos resultados são extremamente preocupantes", disse o professor Liu Jian-Hua, da Universidade agrícola de Cantão, principal autor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista "The Lancet Infectious Diseases".

O novo fenômeno de resistência diz respeito às polimixinas (colistina e polimixina B), antibióticos usados em último caso para superar as bactérias gram - (como Enterobacter, E. coli, Klebsellia pneumoniae), especialmente em pessoas com fibrose cística, ou em reanimação.

Na China, a colistina é largamente usada na Medicina Veterinária.

Foi em exames de rotina realizados em porcos destinados à alimentação que Liu e seus colegas encontraram uma cepa de E. coli resistente à colistina e capaz de se propagar para outras cepas bacterianas.

Também encontraram bactérias resistentes a esse antibiótico em cerca de 1.300 pacientes hospitalizados em duas províncias do sul da China - Guangdong e Zhejiang.

Os pesquisadores descobriram que a bactéria E. coli encontrada nos porcos continha um novo gene, o "mcr-1", que pode se replicar e se transferir para outra bactéria facilmente, em especial para a Klebsiella pneumoniae, responsável por infecções respiratórias.

"É provável que a resistência à colistina provocada pelo gene mcr-1 tenha acontecido primeiro em animais, antes de se estender aos humanos", explica o professor Shen Jianzhong, um dos coautores do estudo.

A China é um dos maiores produtores e usuários de colistina, sobretudo, em Medicina Veterinária.

Embora a resistência à colistina se limite à China, por enquanto, ela pode alcançar escala mundial, advertem os autores da investigação.

Os pesquisadores exigem uma "reavaliação rápida" do uso desse tipo de antibióticos.

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Um gene que torna algumas bactérias resistentes a uma família de antibióticos conhecidos como "de último recurso" foi descoberto em pacientes e em animais na China - de acordo com pesquisadores que pedem que se restrinja o uso desses remédios na Medicina Veterinária.

"Nossos resultados são extremamente preocupantes", disse o professor Liu Jian-Hua, da Universidade agrícola de Cantão, principal autor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista "The Lancet Infectious Diseases".

O novo fenômeno de resistência diz respeito às polimixinas (colistina e polimixina B), antibióticos usados em último caso para superar as bactérias gram - (como Enterobacter, E. coli, Klebsellia pneumoniae), especialmente em pessoas com fibrose cística, ou em reanimação.

Na China, a colistina é largamente usada na Medicina Veterinária.

Foi em exames de rotina realizados em porcos destinados à alimentação que Liu e seus colegas encontraram uma cepa de E. coli resistente à colistina e capaz de se propagar para outras cepas bacterianas.

Também encontraram bactérias resistentes a esse antibiótico em cerca de 1.300 pacientes hospitalizados em duas províncias do sul da China - Guangdong e Zhejiang.

Os pesquisadores descobriram que a bactéria E. coli encontrada nos porcos continha um novo gene, o "mcr-1", que pode se replicar e se transferir para outra bactéria facilmente, em especial para a Klebsiella pneumoniae, responsável por infecções respiratórias.

"É provável que a resistência à colistina provocada pelo gene mcr-1 tenha acontecido primeiro em animais, antes de se estender aos humanos", explica o professor Shen Jianzhong, um dos coautores do estudo.

A China é um dos maiores produtores e usuários de colistina, sobretudo, em Medicina Veterinária.

Embora a resistência à colistina se limite à China, por enquanto, ela pode alcançar escala mundial, advertem os autores da investigação.

Os pesquisadores exigem uma "reavaliação rápida" do uso desse tipo de antibióticos.

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