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Futuro da tecnologia: conheça as 5 principais tendências do setor em 2023

De energia solar nos gadgets do dia a dia a realidade aumentada em todo lugar, conheça as 5 tendências tecnológicas que definirão o ano de 2023

principais tendências da tecnologia em 2023 (Miakievy/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 09h39.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 14h38.

O ano que se inicia reserva ao setor tecnológico a consolidação de algumas da tecnologias que foram apresentadas e desenvolvidas ao longo da última década.

É o que indicaa empresa americana de previsão de tendências WGSN, que anualmente pesquisa os principais mercados de consumo global. Segundo o mais recente levantamento da companhia, 2023 trará renovações nos dispositivos domésticos, nos jogos eletrônicos, redes sociais e ferramentas de trabalho.

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Confira abaixo os principais tópicos destacados pelo relatório:

Revolução da energia solar

Agora que finalmente se tornou uma fonte de eletricidade mais barata, a energia solar está começando a penetrar no mercado de massa

Com a global fazendo os preços dos combustíveis dispararem, fontes de energia gratuitas, locais e verdes tornaram-se um investimento sólido.

No mundo pós-carbono, ainda que os carros elétricos movido a energia solar ganhem espaço, os consumidores ainda enfrentam dificuldades para pagar a conta de energia – muitos deles forçados a escolher entre comer ou se aquecer.

Logo há uma oportunidade maior para as empresas ajudarem as pessoas a implementarem a energia solar em suas casas da maneira mais fácil possível, não só através de painéis solares no telhado, mas também com acessórios cotidianos como luminárias, chaleiras, cobertores térmicos, brinquedos e até ventiladores.

Games e mindfulness

Em meio a uma cultura impactada por questões de saúde mental, os games se tornarão cada vez mais terapêuticos em 2023

Saem os games voltados a competição e ganham os holofotes os jogos para descansar a mente. Tal comportamento já foi visto durante a pandemia, quando 55% dos gamers dos EUA usaram jogos como forma de aliviar o estresse causado pela crise de saúde.

Um exemplo de como isso se dá na prática é o game Kinder World, da australiana Lumi, inspirado na criação de plantas, incentivando atividades de autocuidado em um ambiente lúdico.

Outro exemplo vem de um teste que a OMS produziu. A organização se uniu aos criadores do jogo de simulação de fazenda Goodville para lançar um personagem no jogo baseado em IA, pensado para ajudar os gamers a melhorarem sua saúde mental e física.

Já o MIT Media Lab, nos EUA, criou o jogo Paradise Island, inspirado na terapia de ativação comportamental; atividades de bem-estar realizadas no mundo físico liberam recompensas in game para os usuários.

Os desenvolvedores estão começando a pensar os jogos eletrônicos como forma de terapia; o EndeavorRx, da empresa estadunidense Akili Interactive, é um universo de gaming pensado para tratar o TDAH em crianças.

Essa tendência também está começando a influenciar o design e desenvolvimento de produtos dehardware, acessórios e ambientes para gaming.

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DeSo (redes sociais descentralizadas)

Em 2023, a aposta é em um novo status quo das redes sociais, que se transformarão em modelos descentralizados

Segundo a WGSM, esses modelos têm o potencial de aprimorar a mediação do conteúdo gerado por usuários e questionar o controle das big techs. O fim dos anúncios invasivos e a redistribuição econômica justa aos criadores de conteúdo também são fatores importantes.

Um exemplo dessa nova era vem de uma figura conhecida pelo modelo atual das redes sociais: o fundador do Twitter, Jack Dorsey, está construindo o Bluesky – um protocolo de rede social descentralizado e de código aberto que empregará a inteligência algorítmica como ferramenta de moderação.

Em outubro, o Bluesky abriu um beta privado para desenvolvedores, com mais de 30 mil cadastros em menos de dois dias. O Bluesky está sendo posicionado por muitas pessoas como alternativa e talvez até substituto para o Twitter, que agora pertence a Elon Musk.

Gamificação fitness

Conhecidos também pelos termos ‘entertrainment’ e 'exergaming', os produtos de tecnologia de fitness que gamificam o treino – ou que transformam o entretenimento em treino – estão fazendo cada vez mais sucesso

Na tecnologia de RV (realidade virtual), o condicionamento físico se tornou um dos principais objetivos de uso, levando à criação de metaversos fitness por meio de aplicativos como o Supernatural (EUA).

Também estamos vendo o lançamento de programas que emitem recompensas na Web3 a cada treino realizado. Equipamentos de hardware entrarão cada vez mais nessa tendência.

O aparelho de treino doméstico em RV da marca alemã ICAROS permite que as pessoas voem e mergulhem em realidade virtual, fortalecendo o controle muscular; já a norueguesa Playpulse fabrica uma bicicleta ergométrica que funciona como um poderoso console de games, com controladores hápticos embutidos no guidão.

Realidade Aumentada (RA) no cotidiano

É chegado o momento em que a realidade aumentada (RA) estará presente em todos os aspectos da vida

Nas palavras de Tom Fiske, um autor best-seller que escreve sobre tecnologia imersiva: “A RA é forte candidata a porta de entrada para o metaverso, pois supera outras tecnologias em termos de engajamento e acesso".

Dados de um estudo da Deloitte encomendado pela Snap Inc preveem que quase 75% da população mundial usará RA regularmente até 2025.

Com os consumidores se tornando mais confortáveis com o uso da RA em seus smartphones e a navegação em RA chegando aos carros em 2023, o lançamento de óculos de RA inteligentes por grandes nomes da tecnologia é o que difundirá essa tendência.

 

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