Tecnologia

Ford e Intel querem que seu carro te reconheça pela cara

Companhias estão desenvolvendo um sistema que incorporará reconhecimento facial para autorizar a utilização do automóvel


	Interior do Ford Focus 2015: carros poderão vir com reconhecimento facial
 (Divulgação)

Interior do Ford Focus 2015: carros poderão vir com reconhecimento facial (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 23h17.

Dearborn - A Ford anunciou nesta quarta-feira que está desenvolvendo com a Intel um sistema que permitirá controlar de forma remota, através de telefones celulares com câmeras de vídeo, o interior de seus veículos e que incorporará reconhecimento facial para autorizar a utilização do automóvel.

O sistema, denominado Mobii (Mobile Interior Imaging), está baseado na instalação de várias câmeras no interior do veículo para permitir ver seu interior à distância através de celulares e para captar os gestos dos ocupantes para ativar funções.

A Ford e a fabricante de circuitos integrados Intel apresentaram o projeto hoje durante a conferência Trend, que a montadora está realizando em sua sede em Dearborn, nas proximidades de Detroit, nos Estados Unidos.

Dan Butler, diretor-executivo de Veículos Conectados e Serviços da Ford, disse ao revelar o projeto que o Mobii é mais um passo na vontade da fabricante de automóveis de "personalizar a experiência" de seus clientes.

Segundo explicou Butler, entre outras funções, o sistema de reconhecimento facial de Mobii permite que se a pessoa à frente do volante não é o motorista habitual, o proprietário do veículo receba uma foto de seu rosto em um telefone celular.

Além disso, o proprietário pode, através de um aplicativo no celular, permitir ou impedir que o motorista utilize o automóvel.

A Ford também disse que o Mobii permite que um motorista observe o interior de seu veículo à distância através de seu telefone celular, "por exemplo, para comprovar se esqueceu algum objeto no automóvel".

As câmeras também permitem que o veículo saiba se o motorista está sozinho ou acompanhado no automóvel. Neste último caso, o Mobii ativa um modo de privacidade que limita a informação pessoal, como o calendário ou os contatos do celular, que normalmente serão visíveis nas telas.

Combinando gestos com comandos de voz, o Mobii também pode ativar serviços como a abertura ou fechamento do teto solar.

"Nosso objetivo com o Mobii é explorar como os motoristas interagem com a tecnologia no automóvel e como podemos fazer essa interação mais intuitiva e previsível" disse em comunicado Paul Mascarenas, diretor técnico da Ford e vice-presidente de Pesquisa e Inovação da montadora.

"A imagem no interior é puramente pesquisa neste momento, mas o que aprendemos nos ajudará a ajustar a experiência dos clientes no longo prazo", acrescentou Mascarenas.

Até agora, a Ford e outros fabricantes de automóveis utilizaram câmeras externas para auxiliar o motorista, como na detecção de veículos nos pontos mortos de visão ou para advertir do desvio do veículo com relação à pista de circulação.

A Ford anunciou nesta terça-feira que o novo Ford Edge 2015 contará com uma nova tecnologia que consiste em uma câmera instalada frontalmente para ajudar o motorista em situações de pouca visibilidade.

Butler também disse que a Ford respeita a privacidade de seus clientes e que "apesar dos rumores que existem", a montadora não controla os movimentos ou captura informação de seus veículos.

"Valorizamos totalmente a privacidade de nossos clientes" disse Butler. "A informação sobre os clientes é dos proprietários. Não monitoraremos os veículos. E a única vez que a informação é transmitida é a pedido dos proprietários" explicou Butler.

O alto executivo deu como exemplo o sistema 911 Assist com o qual estão equipado 7 milhões de veículos da Ford e que automaticamente contata os serviços de emergência em caso de acidente.

A versão melhorada do serviço inclui mais dados como os airbag ativados em um acidente ou a velocidade de desaceleração do veículo no momento do impacto, o que permite aos serviços de emergência prever o tipo e a gravidade das lesões sofridas pelos ocupantes.

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