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Fim do iTunes: Anos depois de mudar a indústria da música, app vai mudar

Aplicativo de músicas e filmes será separado em três partes

 (Apple/Divulgação)

(Apple/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 4 de junho de 2019 às 15h32.

Última atualização em 4 de junho de 2019 às 16h58.

São Paulo – O iTunes é a loja de filmes, músicas e podcasts da Apple. Ele surgiu em 2001 e ajudou a mudar a história da música, uma vez que sua morada inicial era o iPod. Apesar de o tocador de músicas da Apple ainda existir – e até ter sido recentemente renovado –, o iPhone é o dispositivo mais vendido da empresa, enquanto o iPod teve queda vertiginosa de vendas desde que Steve Jobs, cofundador da Apple, resolveu combinar no iPhone um iPod, um dispositivo de rede e um telefone celular.

No mercado de apps para celular, aqueles que são individualizados são os que têm vez. Seguindo essa lógica, também adotada pelo rival Google, a Apple separou o iTunes em três aplicativos diferentes. Eles serão chamados TV, Music e Podcasts.

As músicas e filmes que já foram comprados pelos usuários serão mantidos. Ou seja, sua coleção digital estará segura nesse novo contexto da loja digital da Apple. Os seus filmes irão para o app da Apple TV e as músicas, para o do Apple Music.

O software do iTunes era também usado para sincronizar o seu dispositivo Apple, seja iPhone, iPod ou iPad, com o seu computador (Mac ou Windows).

Com a mudança, será o aplicativo Finder, o gerenciador de arquivos equivalente ao Windows Explorer, que ficará como responsável pela sincronização de dados para a criação de cópias de segurança. Ainda não está claro se será mantido o software do iTunes para computadores com sistema operacional Windows.

O iTunes ajudou a mudar a indústria da música ao facilitar o acesso a faixas individualmente. Em vez de comprar um CD, as pessoas podiam comprar apenas uma única música por uma fração do valor do álbum. Os usuários podiam passar horas organizando suas playlists para ouvir no iPod. Com o passar dos anos, o iTunes ganhou mais recursos, como filmes e livros que poderiam ser comprados e armazenados no seu acervo digital, e serem acessados apenas a partir de dispositivos da própria Apple.

A mudança do iTunes começou em janeiro, na CES 2019, a feira de eletrônicos de consumo mais importante do mundo. Foi lá, que, apesar de a empresa não ter comparecido, veio à tona a notícia: Smart TVs da Samsung teriam um aplicativo do iTunes.

Com o passar dos meses, ficamos sabendo que não seria um aplicativo do iTunes em si, mas sim da Apple TV. Hoje, quem tem TV da Samsung de 2018 ou 2019 já podem encontrar o aplicativo da Apple TV para ter acesso aos seus conteúdos comprados na loja virtual da Apple. A novidade também eliminou a necessidade da Apple TV, um dispositivo separado que precisava ser comprado e conectado à televisão para que desse acesso aos filmes e músicas do iTunes.

Ainda na CES, outras fabricantes de TVs, como LG e Sony, também anunciaram o suporte ao AirPlay, uma tecnologia de transmissão de imagem proprietária da Apple que permite ver conteúdos do iTunes na televisão.

Essas medidas públicas tomadas pela Apple ao longo de 2019 foram seguidas de meses de rumores sobre o fim do iTunes, que foi oficializado na última segunda-feira, na WWDC, o evento anual para desenvolvedores realizado pela Apple em San Jose, nos Estados Unidos. Quando chegarem as atualizações para Macs e iPhones, no último trimestre de 2019, o iTunes terá chegado, oficialmente, ao seu fim.

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