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FAPESP abre simpósio na Carolina do Norte

Cientistas do Brasil e dos Estados Unidos se reúnem em dois dias de conferências para ampliar o intercâmbio em pesquisa em diversas áreas do conhecimento

Pesquisa: cerimônia foi realizada no auditório do Harris Alumni Center, situado no campus da University of North Carolina, e contou com a presença do diretor científico da FAPESP (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 10h07.

Charlotte – Com a missão de fomentar a colaboração entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos , foi aberta na manhã desta segunda-feira (11/11), na cidade de Charlotte, Estados Unidos , a sexta edição do simpósio internacional FAPESP Week.

A cerimônia foi realizada no auditório do Harris Alumni Center, situado no campus da University of North Carolina (UNC), em Charlotte, e contou com a presença do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, do diretor do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, Paulo Sotero, e do professor do Departamento de Bioinformática e Genômica da UNC-Charlotte Daniel Janies. Também esteve presente o pró-reitor de graduação da UNC-Charlotte, Tom Reynolds.

“Tenho estado envolvido com a organização da FAPESP Week desde seu início, em 2011, e o evento já esteve ao redor do mundo”, ressaltou Janies, um dos articuladores da primeira edição do simpósio realizada em Washington, quando ainda era professor da Faculdade de Medicina da Ohio State University.

“Vamos reunir as informações coletadas aqui hoje sobre as possibilidades de colaboração, dividi-las com as lideranças da UNC-Charlotte e trabalhar na criação de propostas conjuntas. Já tive essa experiência quando estava em Ohio e foi muito bem-sucedida. O mundo da ciência é universal, transcende a cultura. Estamos todos interessados nos mesmos problemas ao redor do mundo e trabalhar juntos pode ser muito importante para resolvê-los”, acrescentou Janies.

Sotero, que à frente do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center participou da organização das três edições da FAPESP Week realizadas nos Estados Unidos, ressaltou a importância de pessoas envolvidas com educação e produção de conhecimento participarem da “criação de pontes entre sociedades democráticas”, como Brasil e Estados Unidos. “Penso que iniciativas como a FAPESP Week são ainda mais importantes agora e fico feliz de fazer parte disso”, afirmou.


Em seguida, Brito Cruz apresentou o cenário atual para ciência e tecnologia no Estado de São Paulo e no Brasil. Falou também sobre os mecanismos oferecidos pela FAPESP para possibilitar o intercâmbio de pesquisadores com outros países, como as bolsas de pós-doutorado, o Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante, o programa Jovem Pesquisador, o programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e o programa São Paulo Excellence Chairs (SPEC).

“A FAPESP tem trabalhado fortemente para ampliar a colaboração internacional. Temos acordos com agências de fomento, com universidades, institutos de pesquisa e empresas. Nos Estados Unidos temos acordo com a National Science Foundation (NSF), com o National Institutes of Health (NIH) e com o Departamento de Energia”, salientou.

Brito Cruz também ressaltou os acordos com diversas universidades norte-americanas, entre elas a North Carolina State University. “O número de artigos publicados em coautoria entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte vem crescendo significativamente desde o ano 2000, sendo a maioria deles na área de saúde, seguido por ciências naturais, biologia, agronomia e veterinária, engenharia e um pequeno número em humanidades e ciências sociais. Estamos buscando aumentar ainda mais esse número por meio dos novos acordos firmados”, disse.


Segundo dados apresentados por Brito Cruz, a FAPESP apoiou 303 propostas conjuntas de pesquisa reunindo pesquisadores brasileiros e de outros países entre 2005 e 2010, sendo 115 com instituições norte-americanas.

Brazilian Nature

Logo após a cerimônia de abertura, Mauro Galetti, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, fez uma breve introdução sobre a mostra Brazilian Nature – Mystery and Destiny, que será inaugurada oficialmente em Charlotte no dia 13 de novembro.

Galetti ressaltou que a exposição retrata um trabalho que começou há quase 200 anos, com a expedição feita pelo naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868). “Entre os anos de 1817 e 1821, ele coletou e descreveu mais de 10 mil espécies de plantas. Trata-se da maior compilação já feita para um único país e esse trabalho ainda está em andamento com a Flora Brasiliensis”, contou.

O primeiro volume da Flora Brasiliensis foi publicado há 171 anos. Em 2006 foi lançado o projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que inclui a atualização da nomenclatura usada no original e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.


Os 37 painéis da Brazilian Nature – Mystery and Destiny reúnem informações e ilustrações sobre o projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada e permitem comparar imagens originais com fotografias atuais de plantas e biomas e retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP).

A mostra é resultado de uma parceria entre a FAPESP e o Museu Botânico de Berlim. Os painéis digitalizados da exposição podem ser vistos com legendas em português, inglês, espanhol, japonês e alemão no endereço: http://www.fapesp.br/publicacoes/braziliannature.

A exposição já passou por diversas cidades alemãs, como Berlim, Bremen, Leipizig, Heidelberg, Erlangen e Eichstätt, e também já foi exibida em Toronto (Canadá), Washington, Boston e Morgantown (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha) e em Tóquio (Japão).

As atividades da FAPESP Week North Carolina em Charlotte foram encerradas com a realização de diversos grupos de discussão, que reuniram pesquisadores de diferentes áreas mas com interesses comuns, relacionados a temas como saúde, ciências sociais, biodiversidade, energia e ciências ambientais, física e educação.

Chapel Hill

A segunda parte da FAPESP Week North Carolina foi realizada à noite em Chapel Hill, distante cerca de quilômetros de Charlote. O evento reuniu pesquisadores do Brasil e da University of North Carolina (UNC) em Chapel Hill e brasileiros que estudam na universidade norte-americana.


Além da oportunidade de reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos que atuam em diversas áreas do conhecimento, o evento teve pronunciamentos de James W. Dean Jr., vice-chanceler executivo e reitor, e de Ronald Strauss, vice-reitor executivo e diretor internacional da UNC-Chapel Hill, de Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da FAPESP, e de Anthony Harrington, diretor do Conselho Consultivo do Brazil Institute-Wilson Center e ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil.

A programação continua nesta terça-feira (12/11) no campus da North Carolina State University, em Raleigh. No mesmo dia será anunciado o resultado da chamada de propostas de pesquisa conjunta publicada pela FAPESP com a NC State University.

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Charlotte – Com a missão de fomentar a colaboração entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos , foi aberta na manhã desta segunda-feira (11/11), na cidade de Charlotte, Estados Unidos , a sexta edição do simpósio internacional FAPESP Week.

A cerimônia foi realizada no auditório do Harris Alumni Center, situado no campus da University of North Carolina (UNC), em Charlotte, e contou com a presença do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, do diretor do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, Paulo Sotero, e do professor do Departamento de Bioinformática e Genômica da UNC-Charlotte Daniel Janies. Também esteve presente o pró-reitor de graduação da UNC-Charlotte, Tom Reynolds.

“Tenho estado envolvido com a organização da FAPESP Week desde seu início, em 2011, e o evento já esteve ao redor do mundo”, ressaltou Janies, um dos articuladores da primeira edição do simpósio realizada em Washington, quando ainda era professor da Faculdade de Medicina da Ohio State University.

“Vamos reunir as informações coletadas aqui hoje sobre as possibilidades de colaboração, dividi-las com as lideranças da UNC-Charlotte e trabalhar na criação de propostas conjuntas. Já tive essa experiência quando estava em Ohio e foi muito bem-sucedida. O mundo da ciência é universal, transcende a cultura. Estamos todos interessados nos mesmos problemas ao redor do mundo e trabalhar juntos pode ser muito importante para resolvê-los”, acrescentou Janies.

Sotero, que à frente do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center participou da organização das três edições da FAPESP Week realizadas nos Estados Unidos, ressaltou a importância de pessoas envolvidas com educação e produção de conhecimento participarem da “criação de pontes entre sociedades democráticas”, como Brasil e Estados Unidos. “Penso que iniciativas como a FAPESP Week são ainda mais importantes agora e fico feliz de fazer parte disso”, afirmou.


Em seguida, Brito Cruz apresentou o cenário atual para ciência e tecnologia no Estado de São Paulo e no Brasil. Falou também sobre os mecanismos oferecidos pela FAPESP para possibilitar o intercâmbio de pesquisadores com outros países, como as bolsas de pós-doutorado, o Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante, o programa Jovem Pesquisador, o programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e o programa São Paulo Excellence Chairs (SPEC).

“A FAPESP tem trabalhado fortemente para ampliar a colaboração internacional. Temos acordos com agências de fomento, com universidades, institutos de pesquisa e empresas. Nos Estados Unidos temos acordo com a National Science Foundation (NSF), com o National Institutes of Health (NIH) e com o Departamento de Energia”, salientou.

Brito Cruz também ressaltou os acordos com diversas universidades norte-americanas, entre elas a North Carolina State University. “O número de artigos publicados em coautoria entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte vem crescendo significativamente desde o ano 2000, sendo a maioria deles na área de saúde, seguido por ciências naturais, biologia, agronomia e veterinária, engenharia e um pequeno número em humanidades e ciências sociais. Estamos buscando aumentar ainda mais esse número por meio dos novos acordos firmados”, disse.


Segundo dados apresentados por Brito Cruz, a FAPESP apoiou 303 propostas conjuntas de pesquisa reunindo pesquisadores brasileiros e de outros países entre 2005 e 2010, sendo 115 com instituições norte-americanas.

Brazilian Nature

Logo após a cerimônia de abertura, Mauro Galetti, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, fez uma breve introdução sobre a mostra Brazilian Nature – Mystery and Destiny, que será inaugurada oficialmente em Charlotte no dia 13 de novembro.

Galetti ressaltou que a exposição retrata um trabalho que começou há quase 200 anos, com a expedição feita pelo naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868). “Entre os anos de 1817 e 1821, ele coletou e descreveu mais de 10 mil espécies de plantas. Trata-se da maior compilação já feita para um único país e esse trabalho ainda está em andamento com a Flora Brasiliensis”, contou.

O primeiro volume da Flora Brasiliensis foi publicado há 171 anos. Em 2006 foi lançado o projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que inclui a atualização da nomenclatura usada no original e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.


Os 37 painéis da Brazilian Nature – Mystery and Destiny reúnem informações e ilustrações sobre o projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada e permitem comparar imagens originais com fotografias atuais de plantas e biomas e retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP).

A mostra é resultado de uma parceria entre a FAPESP e o Museu Botânico de Berlim. Os painéis digitalizados da exposição podem ser vistos com legendas em português, inglês, espanhol, japonês e alemão no endereço: http://www.fapesp.br/publicacoes/braziliannature.

A exposição já passou por diversas cidades alemãs, como Berlim, Bremen, Leipizig, Heidelberg, Erlangen e Eichstätt, e também já foi exibida em Toronto (Canadá), Washington, Boston e Morgantown (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha) e em Tóquio (Japão).

As atividades da FAPESP Week North Carolina em Charlotte foram encerradas com a realização de diversos grupos de discussão, que reuniram pesquisadores de diferentes áreas mas com interesses comuns, relacionados a temas como saúde, ciências sociais, biodiversidade, energia e ciências ambientais, física e educação.

Chapel Hill

A segunda parte da FAPESP Week North Carolina foi realizada à noite em Chapel Hill, distante cerca de quilômetros de Charlote. O evento reuniu pesquisadores do Brasil e da University of North Carolina (UNC) em Chapel Hill e brasileiros que estudam na universidade norte-americana.


Além da oportunidade de reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos que atuam em diversas áreas do conhecimento, o evento teve pronunciamentos de James W. Dean Jr., vice-chanceler executivo e reitor, e de Ronald Strauss, vice-reitor executivo e diretor internacional da UNC-Chapel Hill, de Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da FAPESP, e de Anthony Harrington, diretor do Conselho Consultivo do Brazil Institute-Wilson Center e ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil.

A programação continua nesta terça-feira (12/11) no campus da North Carolina State University, em Raleigh. No mesmo dia será anunciado o resultado da chamada de propostas de pesquisa conjunta publicada pela FAPESP com a NC State University.

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