Tecnologia

Facebook poderá ter seu próprio browser

Rumores apontam que o Facebook estuda a compra a Opera Software, a empresa norueguesa responsável pelo browser Opera

Com o caixa recheado pelo IPO, o Facebook parece pronto para ir às compras (Reuters)

Com o caixa recheado pelo IPO, o Facebook parece pronto para ir às compras (Reuters)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 25 de maio de 2012 às 17h46.

São Paulo — Facebook poderá ter seu próprio browser em breve. Segundo o site Pocket-lint, a empresa estuda a compra da empresa norueguesa Opera Software, produtora do terceiro browser mais usado em smartphones e do quinto mais popular nos PCs.

Nas mãos de Zuckerberg e companhia, o Opera ganharia acesso imediato aos recursos do Facebook, tornando o usuário ainda mais imerso na rede social. O Pocket-lint diz ter recebido a informação de uma “fonte confiável”. Com o caixa recheado pela venda de ações no IPO, o Facebook estaria pronto para essa aquisição.

A Opera diz que tem mais de 220 milhões de usuários no mundo. A versão para PCs do browser tem participação modesta no mercado – apenas 2% segundo a NetApplications. Mas é sempre elogiada pelos seus usuários e lidera o mercado em alguns poucos países, como a Ucrânia. Comprá-la seria uma maneira de o Facebook ter seu próprio navegador para PC sem precisar desenvolver o software do zero.

Muito mais interessante é a versão móvel do Opera, que fica em terceiro lugar entre os browsers para smartphones e tablets, com 12% de participação. Ela vem pré-instalada em alguns celulares e pode ser baixada gratuitamente para instalação em outros.

Zuckerberg já declarou que os smartphones são, agora, prioridade para o Facebook. A compra do Instagram e a recente liberação, nos Estados Unidos, do app Facebook Camera para iPhone já assinalam essa direção. Comprar a Opera seria uma maneira de ter acesso a um grande número de dispositivos móveis.

Essa ideia deve provocar tremores em Mountain View, a cidade do Vale do Silício onde fica a sede do Google. A tendência é que Facebook e Google travem uma disputa cada vez mais acirrada pelo mercado de publicidade na internet. E os smartphones e tablets podem ser o próximo campo de batalha nessa disputa.

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