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Facebook Jobs vai ajudar PMEs, diz vice-presidente da rede social

Nova plataforma de publicação gratuita de vagas pode ajudar a encontrar talentos. Mas quem impulsionar o post, terá maior destaque

 (Facebook/Divulgação)

(Facebook/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 4 de março de 2018 às 05h55.

Última atualização em 5 de março de 2018 às 10h35.

São Paulo – Procurar empregos no Facebook é algo que as pessoas já fazem. Segundo a Morning Consult, uma em quatro pessoas nos Estados Unidos procuraram ou conseguiram empregos por meio da rede social. Nesta semana, o Facebook Jobs finalmente chegou ao Brasil, bem como a mais 40 países. A iniciativa foi lançada nos EUA e no Canadá no ano passado.

Em entrevista exclusiva ao Site EXAME, Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para a América Latina, conta que o Facebook Jobs é especialmente voltado para pequenas e médias empresas. Para ele, são elas que conseguirão tirar maior proveito dos recursos que a plataforma oferece para encontrar talentos.

Em meio ao discurso de que a rede social pode unir mais as comunidades locais, Dzodan menciona que as PMEs podem optar por impulsionar publicações, um dos principais métodos de monetização do Facebook enquanto ferramenta de marketing. Recentemente, a rede social mudou o News Feed, priorizando publicações de amigos em detrimento do alcance das páginas. Fora isso, os acessos a sites via Facebook também tiveram uma queda drástica.

Ainda assim, as PMEs definitivamente são as meninas dos olhos do Facebook na América Latina. A empresa considera que elas formam "o coração da geração de emprego das economia" da região.

No cargo desde de junho de 2015, Dzodan, que já foi até preso pela Polícia Federal por descumprimento de ordem judicial para a companhia, é do tipo de executivo que veste a camisa da empresa e se mostrou visivelmente animado com o Facebook Jobs durante a conversa.

Leia a seguir a entrevista.

Site EXAME: Na América Latina, o Facebook é amplamente usado. O que o lançamento do Jobs significa e quais são as ambições da empresa com a nova plataforma?

Diego Dzodan: O Jobs está focado em PMEs. Isso é importante para nós porque elas são o motor do crescimento econômico. O Facebook é a maior comunidade online de pequenas ou médias empresas. 83% das pessoas no Facebook estão conectadas com pelo menos uma pequena ou média empresa no país–dados do próprio Facebook.

Estamos lançando o Jobs para 11 países na América Latina para ajudar quem procura um emprego. Buscamos trazer valor para ambos, PMEs e usuários. As pessoas já usam o Facebook para encontrar trabalho no Brasil. Essa é uma nova forma de ajudar as pessoas e os pequenos negócios.

Por que as PMEs podem se beneficiar do Facebook Jobs?

De forma prática, publicando uma oportunidade de emprego que elas têm nessa plataforma de Jobs. Há também a opção de promover a vaga. O resumo é que elas podem encontrar as pessoas com mais facilidade. Pequenas empresas com poucos recursos podem ter dificuldade nisso.

Sobre modelo de negócios, o Facebook Jobs vai ser sempre grátis para as PMEs? E há planos para grandes empresas entrarem na plataforma?

O recurso não tem custo, isso é assim. O maior valor para a plataforma está nas PMEs. Para grandes empresas, talvez ela seja menos interessante. Claro que não é algo exclusivo, todas as empresas poderão usar, independentemente de seu tamanho. Mas o foco é nas PMEs.

Como você vê a rivalidade do Facebook Jobs com plataformas estabelecidas no segmento de publicação de vagas de emprego, como LinkedIn e Catho?

Construímos essa plataforma de Jobs porque as pessoas já usam o Facebook para se conectar com pessoas e procurar um emprego. Empresas usam muito as páginas do Facebook para falar de seus negócios e também de vagas de emprego. Estamos facilitando algo que já acontecia. É simplesmente uma ferramenta a mais.

A monetização do Facebook Jobs virá do impulsionamento de vagas publicadas lá? O alcance das páginas foi reajustado e os acessos via Facebook caíram nos últimos tempos.

A ferramenta é sem custo, de graça. Se a empresa quiser promover a vaga para chegar a mais pessoas, podem fazer isso, tem uma monetização.

Do ponto de vista de poder publicar uma vaga, genericamente como muitas das PMEs já faziam, continua sem custo nenhum. Imagina uma PME com uma página, com audiência do Facebook, entre outras coisas publicavam vagas. Isso segue sendo grátis, sem custo. É um local a mais para as pessoas encontrarem as vagas. Não muda como conteúdo.

Neste ano, vocês lançaram o Marketplace e agora o Facebook Jobs no Brasil. Recentemente, outras redes sociais têm atraído a atenção do público, como a Vero e a MeWe. Os novos espaços do Facebook visam manter o engajamento dos usuários?

Nossa missão, é ajudar o mundo a se aproximar e a focar em desenvolver comunidades. O mundo se polariza muito e temos a função de ajudá-lo a ficar mais próximo.

Se você parar para ver qual é o valor de uma ferramenta como o Facebook Jobs, ele é é a uma ajuda para as comunidades com foco local em ajudar negócios locais. Ajudamos o mundo a se aproximar nesse segmento em termos de talentos e PMEs. Do ponto de vista de criação de emprego, também temos uma missão de entregar valor à comunidade.

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