Facebook e Instagram vão banir menores de 13 anos
analistas da rede social vão fazer o processo de forma reativa, conferindo fotos e textos de usuários para tentar descobrir a idade.
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de julho de 2018 às 09h10.
O Facebook anunciou que terá uma equipe para identificar e excluir perfis criados e usados por menores de 13 anos. A novidade é uma extensão das políticas do Facebook , que já proibia a criação de contas por crianças, mas que por vezes era burlada. A medida também será aplicada no Instagram, rede social de fotos do Facebook.
Até então, o processo de banir usuários com idade inferior à mínima exigida era realizado de forma passiva: a equipe avaliava o conteúdo de uma conta quando um usuário notificava o Facebook após suspeitar que o perfil era administrado por uma criança. Agora, analistas da rede social vão fazer o processo de forma reativa, conferindo fotos e textos de usuários para tentar descobrir a idade.
Segundo a empresa, quando um perfil for considerado suspeito de infringir as regras, a conta será suspensa e o usuário não conseguirá usar o Facebook. A conta só será liberada após o usuário fornecer provas de que tem mais de 13 anos.
"Estamos atualizando as orientações para revisores para que suspendam qualquer conta", disse Monika Bickert, vice-presidente global de políticas de conteúdo do Facebook, em uma publicação no blog da rede social, na semana passada.
A rede social continua aberta a denúncia de usuários. Em sua página destinada ao caso, o Facebook diz que, quando consegue identificar que determinado usuário mentiu a idade para criar uma conta na plataforma, o perfil é imediatamente excluído pela empresa.
Solução
A mudança faz parte da estratégia do Facebook em tornar a rede social mais segura para seus usuários. A empresa tem trabalhado com uma equipe de especialistas formada por acadêmicos, representantes de ONGs e advogados de diferentes partes do mundo para evitar a propagação de casos de bullying, discurso de ódio e notícias falsas.
O Facebook tem sofrido forte pressão de ativistas e reguladores desde o início do ano, quando foi revelado que dados de 87 milhões de usuários foram utilizados indevidamente pela consultoria Cambridge Analytica. As informações foram coletadas por meio de um jogo disponível na rede social e usadas para fins político-eleitorais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.