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Facebook bane extremistas de suas redes sociais

Banimento se aplica também ao Instagram; páginas de fãs e outras contas relacionadas também foram enquadradas na proibição

Facebook: entre os banidos estão Alex Jones, radialista americano de extrema direita e teórico da conspiração (NurPhoto/Getty Images)

Facebook: entre os banidos estão Alex Jones, radialista americano de extrema direita e teórico da conspiração (NurPhoto/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de maio de 2019 às 08h02.

Numa tentativa de reduzir o conteúdo extremista em suas plataformas, o Facebook baniu vários extremistas americanos, conhecidos por seus discursos de ódio, e alegou que eles violaram sua proibição de "indivíduos perigosos".

Entre os banidos estão Alex Jones, radialista americano de extrema direita e teórico da conspiração, Louis Farrakhan, líder do grupo Nação do Islã, que é acusado de antissemitismo, e Milo Yiannopoulos, comentarista político britânico e ex-editor do site de extrema direita americano Breitbart News.

Também foram punidos Paul Nehlen, que concorreu como "candidato cristão branco" na eleição de 2018 para o Congresso dos Estados Unidos, Paul Joseph Watson, radialista britânico e teórico da conspiração, e Laura Loomer, ativista política que trabalhou como repórter da página canadense de extrema direita Rebel Media.

O banimento se aplica tanto à rede social Facebook quanto ao Instagram. As páginas de fãs (fanpages) e outras contas relacionadas também foram enquadradas na proibição, afirmou ontem (2) o Facebook.

Proibição

A medida faz parte de um esforço conjunto do gigante das redes sociais para remover indivíduos, grupos e conteúdos extremistas de sua plataforma. No mês passado, o Facebook baniu vários grupos britânicos de extrema direita - incluindo a Liga de Defesa Inglesa e o Partido Nacional Britânico - e instituiu uma proibição ao conteúdo nacionalista branco.

"Indivíduos e organizações que disseminam ódio, ou atacam ou pedem a exclusão de outro com base no que eles são não têm lugar no Facebook", afirmou a empresa.

Críticos elogiaram a decisão, mas disseram que mais precisa ser feito.

"Sabemos que continuam existindo outras figuras extremistas que ativamente usam ambas as plataformas para disseminar seu ódio e preconceito", disse Keegan Hankes, analista da Southern Poverty Law Center, uma organização que monitora grupos de ódio nos Estados Unidos.

O Facebook insistiu que sempre baniu contas e páginas que proclamam uma missão violenta ou odiosa ou estão envolvidas em atos de ódio ou violência, independentemente da ideologia política.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

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