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Extração de gás de xisto causou terremotos em Ohio

Tecnologia usada para extrair o gás de xisto causou 109 terremotos em cidade de Ohio conhecida por não ter abalos sísmicos

fracking (Truthout.org/flickr)

fracking (Truthout.org/flickr)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 12h51.

São Paulo – Ohio, nos Estados Unidos, era uma região conhecida por não ter terremotos. Mas isso mudou a partir de 2011, quando começaram os primeiros registros de abalo sísmico na cidade de Youngstown. Intrigados, cientistas analisaram e, agora, confirmaram que os tremores misteriosos são resultado da extração do gás de xisto.

A fratura hidráulica, também chamada de 'fracking', é a tecnologia usada para extrair o gás de xisto. Consiste em injetar água pressurizada para fraturar a rocha e liberar gás e petróleo do subsolo.

Quando o gás é removido, as águas residuais são recicladas ou transportadas para fora da área e injetadas no subsolo. Mas as infiltrações de água pressurizada podem causar terremotos em linhas de falhas antigas.

O primeiro terremoto em torno de Youngstown foi registrado 13 dias após o início do bombeamento na região. Um ano depois, os sismógrafos monitorarem 109 abalos. O mais forte deles foi um terremoto de magnitude 3,9, em 31 de dezembro de 2011, e levou o Departamento de Recursos Naturais de Ohio a obrigar o encerramento das atividades de fracking na área.

O gás de xisto é um combustível fóssil alternativo, mas tem gerado suspeita sobre sua segurança pelo mundo. Um dos perigos é a contaminação de lençóis freáticos e do solo pelos produtos químicos. Além disso, ficou comprovado que existe uma relação clara entre o fracking e os tremores de terra.

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