Tecnologia

Exército assina convênio contra guerra cibernética

O alvo do exército é o mesmo que infecta bancos e pessoas comuns: ladrões de senhas

Cadetes do Exército: agora a luta também será no mundo digital (.)

Cadetes do Exército: agora a luta também será no mundo digital (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O Brasil terá, pela primeira vez, um programa de Estado para o combate das ameaças virtuais. O Exército anunciou ontem a assinatura de um convênio para a defesa do País em uma eventual guerra cibernética. A principal ameaça contra os militares é a mesma que infecta bancos e pessoas comuns: ladrões de senhas.

Segundo o general Antônio dos Santos Guerra Neto, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) os militares vão defender diretamente apenas seus computadores. Mas participarão do desenvolvimento de antivírus que serão usados por computadores no mundo todo. De acordo com o general, o Exército vai trabalhar ainda para desativar os IPs (endereço na internet) de onde saem os vírus.

Os números sobre crimes na internet no Brasil impressionam: 11% de todos os spams do planeta partem do País, segundo a Symantec (maior fabricante de antivírus do mundo). Em 2009, as fraudes virtuais causaram prejuízo de R$ 900 milhões aos bancos, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O convênio do Exército foi firmado com a empresa Panda Security, com sede em Bilbao, na Espanha. Por dois anos, a Panda receberá todos os arquivos suspeitos que caírem nos antivírus do Exército e providenciará "vacina" para eles em até 24 horas. Serão 37,5 mil computadores enviando informações à Panda, ou 60% do total de máquinas em uso pelos militares. No futuro, essas "vacinas" poderão estar disponíveis ao cidadão comum por meio da atualização de programas de antivírus já em uso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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