Gates afirmou que o exército norte-americano já progrediu significativamente na proteção de seus sites (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2010 às 21h43.
Washington - Os Estados Unidos enfrentarão uma grande ameaça das cibertecnologias no futuro, o que exigirá coordenação entre setores civis e militares para proteger redes de um ataque, afirmou o secretário de Defesa Robet Gates nesta terça-feira.
"Creio que há uma grande ameaça futura. E há uma considerável ameaça atualmente", disse Gates durante evento do Wall Street Journal. "E é essa a realidade que nós todos enfrentamos".
O Departamento de Defesa dos EUA estima que mais de 100 organizações de inteligência estrangeiras já tentaram hackear o acesso às redes do país. Todos os anos, também são hackeados dados de agências do governo, de empresas e de universidades, segundo autoridades.
Os principais fornecedores do Pentágono --incluindo Lockheed Martin, Boeing e Northrop Grumman-- estão investindo no crescente mercado global de cibertecnologia, estimado em até 140 bilhões de dólares por ano.
Gates afirmou que o exército norte-americano já progrediu significativamente na proteção de seus sites e trabalha com parceiros do setor privado para incluí-los na iniciativa.
Entretanto, como permitir que o conhecimento do Pentágono seja aplicado para proteger a infraestrutura doméstica pode ser uma questão complicada por razões legais, que incluem preocupações com liberdades civis.
"O ponto-chave é que a única defesa que os EUA têm contra outros países e possíveis ameaças no ambiente cibernético é a Agência Nacional de Segurança", disse Gates, referindo-se à unidade do Departamento de Defesa que protege informações e redes de segurança nacional e intercepta comunicações externas.