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EUA criou diversos serviços de microblog pelo mundo, diz NYT

Depois de denúncia sobre criação de rede social em Cuba, agora o New York Times diz que os EUA fizeram projetos similares em regiões politicamente instáveis

De acordo com o New York Times, o objetivo era promover o debate político em regiões politicamente instáveis (Getty Images)

De acordo com o New York Times, o objetivo era promover o debate político em regiões politicamente instáveis (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2014 às 17h52.

O governo dos Estados Unidos operou diversos serviços de redes sociais pelo mundo, com objetivo de promover um fórum para debates de dissidentes políticos.

Os programas, instalados no Paquistão, Afeganistão, Quênia, entre outros países, eram similares ao ZunZuneo, uma espécie de Twitter criado pelo governo americano que teve cerca de 40 mil usuários em Cuba.

O programa cubano, operado pela Agencia de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, foi revelado pela Associated Press no começo de abril. O serviço foi desativado em 2012, após o governo considerar que ele não conseguiria se auto-sustentar.

Os novos programas foram revelados por oficiais do governo de Barack Obama na última sexta-feira, de acordo com informações do jornal The New York Times. No Afeganistão e no Paquistão, esses serviços eram administrados pelo Departamento de Estado.

O programa paquistanês, chamado de Humari Awaz (Nossas Vozes, em português), era desenvolvido junto com o governo do Paquistão e empresas de telecomunicações do país. Porém, o serviço também foi desativado, como seu similar cubano.

Outro serviço no Quênia, chamado de Yes Youth Can (Sim Jovens Podem), ainda está ativo, de acordo com a reportagem do jornal americano.

Os alvos dos outros serviços são desconhecidos, mas autoridades afirmam que o governo americano planeja começar programas similares na Nigéria e no Zimbagwe.

As agencias governamentais americanas decidiram implantar esse tipo de programa após a Primavera Verde, em 2010, quando diversas ditaduras em países árabes foram derrubadas após movimentos surgidos em redes sociais.

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